Conheça os países com as menores jornadas de trabalho do mundo e os salários que eles pagam
Em São Paulo, principal metrópole do Brasil, parece um sonho a possibilidade de se trabalhar menos de 6 horas diárias em média, apenas 5 dias da semana, e ganhar um salário médio de R$17 mil todos os meses.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Entretanto, segundo alguns dados divulgados recentemente pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na Holanda isso é totalmente plausível. No país europeu, a média de horas de trabalho é de 5,8 diariamente, totalizando um total de 29,2 horas semanais.
No ranking dos países com as menores jornadas semanais de trabalho, a Holanda ficou em primeiro lugar, seguido pela Dinamarca, com 32,4 horas semanais e um salário aproximado de R$21 mil por mês.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Já no Brasil, a realidade é completamente diferente e trabalhar por tamanha remuneração e com jornada reduzida é praticamente impossível. A jornada padrão por aqui é de 40 horas por semana, com salário médio de R$1.298 mensais, de acordo com dados divulgados pelo IBGE.
Vale lembrar que muitas empresas defendem a jornada de trabalho reduzida e estudos ainda comprovam que trabalhar por menos tempo aumenta a produtividade do trabalhador.
Na Nova Zelândia, uma empresa de serviços fiduciários fez uma experiência de dois meses e adotou uma jornada reduzida de 8 horas diárias por 4 dias na semana. Os resultados, que foram publicados pelo site NZ Herald, mostrou uma melhora muito significativa na vida dos funcionários.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
● Prejuízo multimilionário e venda ao Pão de Açúcar: O fim decadente de rede de supermercados no Brasil
● Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez do INSS são liberados automaticamente; veja como funciona
● Idosos acima dos 65 anos são convocados pelo INSS para receberem pagamentos a partir de R$ 1.412
Isso porque 78% dos contratados afirmaram ter obtido mais sucesso no equilíbrio cotidiano, uma melhora de 25%. Ainda houve redução de 7% no nível de estresse sem prejuízo na produtividade e, também, a diminuição do período trabalhado não teve impacto financeiro.
Empresários se manifestam a respeito
Contudo, algumas personalidades importantes defendem jornadas bem maiores. Jack Ma, por exemplo, fundador do e-commerce Alibaba, declarou ser a favor de uma jornada chamada “996”, que consiste em trabalhar das 9h às 21h, 6 vezes por semana.
Na China, inclusive, tal jornada é extremamente comum nas empresas de tecnologia. Na ocasião da declaração do executivo, o assunto repercutiu, gerando polêmicas e uma chuva de críticas.
Outro que se manifestou a favor da jornada mais extensa foi Elon Musk, CEO da Tesla. No Twitter, ele afirmou que “ninguém mudou o mundo trabalhando 40 horas por semana”, acrescentando ainda que ele mesmo mantém uma rotina de 80 horas por semana.
Porém, a própria Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda o padrão que é utilizado no Brasil, que ficou em 29° no ranking divulgado pela OCDE, que é 40 horas semanais. Tal padrão é utilizado em diversos outros países do mundo.
Quando isso foi proposto pela primeira vez?
O assunto foi discutido pela primeira vez em 1919, na primeira reunião da OIT, onde foi estipulada uma jornada de 48 horas por semana. Entretanto, em 1935, o padrão foi alterado para 40h.
A OIT ainda afirma que 50 horas semanais é o limite para que o trabalho seja saudável, segundo divulgado pelo estudo chamado “Duração do Trabalho em Todo o Mundo”. Após isso, o trabalho se torna insalubre:
“O limite de 40 horas, no entanto, não tem sido visto apenas como um estímulo para a geração de empregos, mas tem sido reconhecido como contribuição para um conjunto maior de objetivos, inclusive, em anos recentes, o aprimoramento do equilíbrio trabalho-vida” – Diz o texto.