Alguns dias após a morte dos Mamonas, entrei na biblioteca pública e ouvi o atendente falando sobre a grande besteira que é venerar gente tão abobalhada como eles. Ninguém respondeu, acho que todos ficaram como eu, pensando nesta coisa de ídolos e exageros. Ontem tivemos a morte do Chesperito e lembrei deste momento. Queremos mais ídolos sendo venerados por fazer rir, serem simples, amigos e não perderem a sensibilidade para a difícil arte do simples.
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Artistas que fazem a avó e neto rirem juntos, merecem nosso sofrimento quando se vão. Não são insignificantes, não estão aí para gerar idiotas. Esta gente diverte e só isso já é muito complicado. Veja as piadas de Chaves, são engraçadas até por sua ingenuidade. Enquanto filmes caríssimos tentam nos chocar com detalhes de balas atravessando corpos, outros enchem nosso coração de beleza. Fazem com que todos da sala se olhem apreciando a alegria de cada um.
Hoje, este mesmo funcionário ainda está na biblioteca. Confesso ter parado de ir lá por um tempo enquanto trocavam de prédio. Voltei depois, após uns 4 anos, ele esta diferente. Não deixou de lado seu ar intelectualizado, mas me contou sobre seu filho, hoje com cerca de 3 anos, que quando ri para ele, o enche de alegria, o faz feliz. Felicidade é o motor, a alavanca que nos infesta de esperanças. O riso é tudo isso, não sei se ele ainda pensa que quem gosta de Mamonas é um abestalhado, ou se Chaves era coisa para tontos, até por que, isso não teria qualquer importância para Chaves, pois importante mesmo é ver o tanto de paz gerado com suas brincadeiras, estas nada, mas nada mesmo, insignificantes, mas sei que ele aprendeu sobre o verdadeiro valor do sorriso.
Tive sorte, na minha adolescência surgiram gente como Chaves, Michael Jackson, Os Trapalhões e tantos outros grandes. Pessoas cheias de talento e que, naturalmente, faziam da TV um instrumento de alegria. Acredite, leitor, pessoas como eles são a fonte do bem estar. Eles unem as famílias e fazem a TV viver seus momentos mais dignos e agradáveis. “Vamos sorrir e cantar! Do mundo não se leva nada. Vamos sorrir e cantar!”.
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