Demissão em massa e prejuízo bilionário marcam o terror de falência de empresa rival da GOL após uma década de desafios
A aviação enfrenta um capítulo dramático com a crise de uma das principais concorrentes da GOL, que, após uma década de operação, se vê às voltas com uma falência.
A empresa, que já foi sinônimo de inovação e competitividade, agora amarga demissões em massa e um prejuízo bilionário que abalou o setor.
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O TV Foco, a partir do seu time de especialistas e das informações do Exame, detalha agora a falência da Lilium.
Falência da Lilium
- Lilium, startup alemã de aeronaves eVTOL, encerra operações devido a dificuldades financeiras.
- A empresa havia levantado mais de US$ 1 bilhão em investimentos antes de sua falência.
- Aproximadamente 1.000 funcionários foram demitidos, representando a maior parte da equipe.
- A Lilium enfrentou desafios financeiros insustentáveis que levaram ao fechamento das operações.
- A falência da startup marca um revés significativo no setor de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical.
Fundada há mais de uma década, a Lilium tinha como objetivo revolucionar a aviação urbana com aeronaves elétricas capazes de decolar e pousar verticalmente.
Apesar de desenvolver protótipos promissores e receber encomendas significativas, como 100 aeronaves do governo da Arábia Saudita, a empresa não conseguiu superar desafios técnicos e financeiros.
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Pedido de insolvência
Em outubro, a Lilium entrou com um pedido de insolvência, após não obter apoio financeiro emergencial do governo alemão.
Contudo, esse processo resultou na perda do controle sobre suas subsidiárias, incluindo a Lilium eAircraft, que teve seu processo de venda conduzido pela KPMG.
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O CEO e cofundador da Lilium, Patrick Nathen, expressou sua tristeza pela falência da empresa em uma postagem no LinkedIn, afirmando que a companhia não pode mais buscar sua visão de uma aviação mais sustentável.
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Ele destacou o início humilde da Lilium, mencionando que a equipe fundadora começou com um sonho compartilhado e trabalhou intensamente para desenvolver os primeiros protótipos.
Grande perda
A falência da Lilium ocorre em um momento em que outras empresas do setor de eVTOL estão avançando significativamente.
A Joby Aviation, por exemplo, realizou o primeiro voo de um eVTOL em Nova York e já produziu uma aeronave para a Força Aérea dos EUA. A Vertical Aerospace completou voos de teste com seu modelo VX4 e recebeu encomendas de companhias aéreas como Gol, Virgin Atlantic e American Airlines.
A Volocopter, pioneira no setor, conduz testes desde 2011 e planeja lançar operações comerciais em 2024. A Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, já possui 635 aeronaves encomendadas e está desenvolvendo um ecossistema completo para mobilidade aérea urbana.
A CityAirbus, da Airbus, realizou testes extensivos com diversas versões do seu eVTOL e projeta certificação operacional para 2025.
Qual é a maior companhia aérea do Brasil?
A maior companhia aérea do Brasil atualmente é a LATAM Airlines Brasil.
Em 2023, a LATAM liderou o mercado doméstico brasileiro, representando cerca de 37,8% do total de passageiros-quilômetro no país.
A LAN Chile se uniu à TAM Linhas Aéreas para formar a LATAM, que desde então se destaca em rotas internacionais e domésticas.
Além da LATAM, outras companhias aéreas importantes no Brasil incluem a Azul Linhas Aéreas e a Gol Linhas Aéreas.
Em 2023, a Azul detinha aproximadamente 33% do mercado doméstico, enquanto a Gol tinha cerca de 26,9%. Assim, essas três companhias dominam o setor aéreo brasileiro, oferecendo uma ampla gama de destinos e serviços.
CONCLUSÃO
Em conclusão, a falência da Lilium destaca as dificuldades enfrentadas por startups no setor de aviação elétrica, especialmente aquelas que buscam desenvolver tecnologias inovadoras como os eVTOLs.
Contudo, embora o mercado continue a atrair investimentos e interesse, a experiência da Lilium serve como um alerta sobre a necessidade de uma gestão financeira sólida e de uma abordagem realista diante dos desafios técnicos e de mercado.
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