Montadora icônica teve um triste adeus após se afundar em uma dívida que superava os 200 milhões
Em outubro de 2021, uma montadora gigantesca fechou as portas no Brasil após uma série de situações conturbadas e uma dívida de mais de US$ 200 milhões.
Estamos falando da SsangYong, nascida na Coreia do Sul em 1954 e desde então foi se consolidando no mercado automotivo e dominando alguns espaços no mundo.
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Falência:
De acordo com o portal Quatro Rodas, ela chegou no fim após mais de uma década por conta de problemas financeiros.
Como mencionamos logo acima, a fabricante sul-coreana chegou a acumular dívidas que superam US$ 200 milhões.
Vale lembrar que a SsangYong estava sob ação judicial desde dezembro de 2020 e, na semana do dia 22 de dezembro daquele ano, ela entrou com um pedido de falência através do Tribunal de Falências em Seul.
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A montadora tinha como credores os bancos Bank of America, JPMorgan Chase e BNP Paribas.
Diante da impossibilidade de renegociar suas dívidas, a SsangYong solicitou o uso de uma ferramenta similar à recuperação judicial para ganhar tempo.
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Na prática, nesta primeira etapa a recuperação seria feita por conta própria, com a empresa negociando diretamente com seus credores.
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De acordo com o Motor1, essa situação financeira da marca já era desgastada há anos e acabou ficando ainda mais conturbada nos últimos meses em razão da pandemia de COVID-19.
De janeiro a novembro de 2020, as vendas caíram 20% em relação ao mesmo período de 2019, com apenas 96.825 carros entregues.
No primeiro trimestre de 2020, o prejuízo líquido foi de 193,5 bilhões de won (quase R$ 900 milhões numa conversão simples).
Passada de mão em mão:
A montadora então fechou um acordo com rival uma startup voltada à carros elétricos, a Edison Motors, ainda em 2021.
Inclusive, de acordo com o Motor1, a previsão da startup dada ainda na época da transação era que nos próximos anos a fábrica da montadora produzisse uma média de 300 a 500 mil veículos por ano.
A nova demanda seria feita nas três linhas de montagem disponíveis na estrutura.
Vale destacar que foi nesta fábrica que aconteceu a fatídica greve há pouco mais de dez anos, retratada na série Round 6, da Netflix.
Apesar do acordo, a produtora de ônibus e caminhões elétricos Edison Motors teve o mesmo cancelado por falta de pagamentos.
Porém, em junho de 2022, o KG Group fez uma oferta de 900 bilhões de won (R$ 3,85 bilhões) para comprar a fabricante, e conseguiu arrematar a mesma.
Um novo nome:
De acordo com o portal Quatro Rodas, em março de 2023 a SsangYong assumiu sua nova identidade e hoje responde por KG Mobility, após a devida aprovação da assembleia geral de acionistas.
Esse novo nome é a combinação de novo logotipo e a uma identidade corporativa completamente diferente.
Isso porque apesar da SsangYong Motor ter um legado de boas lembranças, também carrega uma imagem dolorosa.
A partir de então, todos os carros da montadora passaram a sair para o mundo sob o nome de KG, colocando um fim definitivo a antiga SsangYong Motor.
Ainda em janeiro de 2023, antes mesmo da aprovação oficial, Kwak Jea-sun, presidente da nova dona da montadora, a KG Group, afirmou que a mudança de nome foi uma decisão extremamente dolosora:
“O nome SsangYong Motor tem um clube de fãs com boas memórias, também tem uma imagem dolorosa. De agora em diante, todos os carros da SsangYong virão ao mundo com o nome da KG.
Mas, mesmo com a mudança do nome, a história da SsangYong Motor não mudará e a fabricante terá as mesmas condições.”
Como foi a presença da SsangYong no Brasil?
Vale destacar que alguns carros da montadora chegaram a ser vendidos no Brasil como, por exemplo, os SUVs Tivoli e XLV, mas sem muito alarde no mercado.
A primeira vez que chegou por aqui foi na década de 90, logo depois, no ano de 2015 ela chegou com o Grupo Districar, cujo qual representava a montadora no país.
Por fim, a marca retornou entre os anos de 2017 e 2019 com a Venko Motors, mas não chegou a se estabelecer.
Até que ainda no ano de 2021, mesma época em que a SsangYong estava em stand-by e permanecia com o site inativo e sem atualizações, ela acabou saindo “à francesa” do país, sem comunicados e nem anúncios oficiais.