Empresa alimentícia gigante com dívida de R$ 1 bilhão, faliu e deu fim as atividades
Uma empresa alimentícia famosa precisou decretar o fim após somar uma dívida extremamente alta e absurda, o lugar era importante para a exportação de alimentos no Brasil.
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A Frigorífico Chapecó, reconhecida empresa que armazenava e produzia carnes para todo o Brasil, foi uma forte exportadora para mais de 50 países. A rede possuía oito unidades industriais, 5 mil empregados e 3 mil produtores integrados.
Segundo matéria publicada pela Folha de São Paulo, o Frigorífico Chapecó passou a ser comandado em 1997 pelo Grupo Macri, após um acordo com o BNDES.
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Na época eles transferiram uma dívida de US$ 150 milhões para o grupo argentino, que topou arcar com as contas e mudar a situação da empresa no Brasil.
Em agosto de 2000, o frigorifico teve a quebra do sigilo bancário de duas contas decretada pelo juiz Mauro Sbaraini, da 1ª Vara Federal de Cascavel (PR), a pedido do Ministério Público Federal, para investigar se houve intermediação do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas Pereira na liberação de recursos do BNDES para o frigorífico.
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No início de abril de 2003, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou a realização de auditoria no Frigorífico Chapecó, solicitada ao Tribunal de Contas da União (TCU) pela deputada Luci Choinacki. O frigorifico recebeu o correspondente a 197 milhões de dolares do BNDES.
O Resultado da crise fez com que a empresa demitisse quase 5 mil funcionários e deixasse morrer 7 milhões de frangos por falta de estoque de milho.
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Em 29 de abril de 2005, a juíza Rosane Portella Wolff, da 3ª Vara Cível de Chapecó, decretou a falência das empresas Indústria e Comércio Chapecó e Chapecó Companhia Industrial de Alimentos.
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A dívida chegava a R$ 1 bilhão de reais.
O QUE ACONTECEU COM OS FUNCIONÁRIOS?
Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em 2022 a empresa foi autorizada pela justiça a arcar com a dívida dos credores após 18 anos da falência da empresa.
A próxima fase é a apresentação de uma proposta de rateio para os pagamentos. Além do pagamento, determinou-se a provisão de valores, o que garante outras obrigações. A ordem de prioridade determinada pela legislação de falência estabelece o pagamento de trabalhadores, impostos estaduais e federais, credores com hipoteca (bancos) e demais fornecedores.
O processo do pedido de falência da Chapecó Alimentos tramita há 18 anos e já ultrapassa 31.100 páginas. Na época, anterior à legislação que permite recuperação judicial, o grupo argumentou que tinha dívidas com quatro mil empregados, 1,3 mil pequenos e médios credores, além de 22 instituições financeiras.