Falência e encerramento de atividades: O triste fim de montadora que chegou para derrubar a gigante Chevrolet

Todos achavam que os dias de reinado da Chevrolet no Brasil estavam com os dias contados ao surgir uma montadora que batia de frente com a gigante

Promissora e revolucionária, assim era descrita a montadora que tinha chegado para bater de frente com a gigante dos automóveis, Chevrolet. Contudo, seu fim foi bastante precoce.

A história do automobilismo começa no Brasil em 25 de novembro de 1891, quando desembarcou no porto de Santos, do navio Portugal, o primeiro carro importado, adquirido por ninguém menos que o jovem inventor do avião, Alberto Santos Dumont. De lá pra cá o país basicamente rural viu sua indústria crescer e passamos de importadores para montadores e exportadores de automóveis

Foi na década de 1940 que o incipiente parque industrial brasileiro foi convocado a produzir autopeças para veículos militares que seriam usados durante da 2ª Guerra Mundial, dando os primeiros passos para fabricação de carros no Brasil. Foi então na metade do século XX que se instalaram as primeiras montadoras no país.

Montadoras de carro (Foto: Reprodução, UOL)

Atualmente, o Brasil já figura entre os 10 países com maior produção automotiva no planeta, sendo responsável por 2,6% da produção mundial. Ficando atrás apenas da Argentina e Bolívia em produção na América Latina. O setor produtivo automotivos emprega mais de 100 mil brasileiros.

Empresa era uma grande promessa no meio automobilismo

Durante esses anos de historia, uma marca foi vista como uma grande promessa: Megastar Veículos Ltda

A Megastar Veículos Ltda foi uma empresa brasileira, produtora de automóveis, sediada em Pindamonhangaba (SP). Operou entre os anos de 1997 e 1999.

Montadora Megastar Veículos (Foto: Reprodução, Nivelando a Engenharia)

Em 1997, no Brasil Motor Show, a Megastar apresentava, em seu estande, o Emme 422T, um sedã de grande porte, fabricado no Brasil, com motor 2.2L I4 16V Turbo, de origem Lotus. A carroceria utilizava VeXtrim, um polímero plástico injetado de alta resistência. A companhia exibia outras duas versões, a 420 e a 420T, versões que disponibilizariam um propulsor 2.0L I4 16V, aspirado e turbo. Informações davam conta de que os planos eram grandes, a Emme pretendia vender seus veículos na Europa. Os veículos traziam o emblema da inglesa Lotus. Porém os automóveis eram fabricados pela Megastar, que informava que os automóveis eram fruto de uma parceria com a montadora inglesa, num projeto que começou a ser desenvolvido em 1987, na Suíça.

Por que a empresa declarou falência?

Todavia, as semelhanças com o carro-conceito Volvo ECC são tamanhas que – ao lançar o Volvo S80, em 1998 – o modelo sueco ficou parecendo uma cópia do 422T, quando o contrário era o correto. Contudo, os Emme apresentavam inúmeros problemas de montagem, como rebarbas em acabamentos e desníveis entre chapas da carroceria. Por fim, os motores de origem Lotus eram propulsores descartados pela companhia britânica, vendidos à Megastar; numa clara demonstração da falta de interesse em uma união futura das empresas.

Então em 1999 a Megastar fechou as portas após ter a comercialização de seus veículos suspensa, por falta de representantes, alegando falência.

Montadora Megastar Veículos (Foto: Reprodução, Nivelando a Engenharia)