Circulam pela web milhares de recados, alguns chamam a atenção pelos termos. Por vezes imaginamos ter sido usado algum modismo, consideramos que o escritor conhece a forma correta e que utilizou o internetês por razões práticas. Curiosos, entramos em contato com quem enviou, descobrindo que “intendi” não foi escrito dessa forma por simples opção.
Onde estava o professor que não percebeu erros como esses? E onde estavam os pais quando não notaram esse assassinato do português ao revisarem os cadernos dos filhos? Certamente estavam mais perdidos do que os próprios.
Sem apoio dos colégios, sem revisão dos pais, os telespectadores se jogam diante da TV e assistem entrevistas nas quais a “verdade” é dita, mas somente a que interessa para o meio de comunicação, este, amarrado nos milhões do custo para manter a rede, precisa apoiar o estupro mental correndo solto na tela. São as meias verdades.
Há alguns dias vimos entrevista de celebridade religiosa por jornalista “carimbado” como confiável. Entrevista bem feita, na qual, ao encerrar, vi minha filha expressando grande admiração pelo entrevistado. Não notou ela o fato do jornalista não ter retrucado qualquer resposta, calando-se totalmente. Fez as perguntas corretas, cheias de farpas, mas aceitava tudo, emudecido.
Enquanto ela se enchia de certezas, me permiti saltarem as dúvidas e veio pergunta simples, a qual, após compartilhar, vi surgir o benefício da dúvida no seu olhar: quando alguém pode falar o que quer, sabendo que não terá oposição, fala somente a verdade?
Espero que sim!
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