Os movimentos sociais progressistas e feministas não gostaram nada da maneira pela qual o programa “Cidade Alerta”, apresentado por Marcelo Rezende, tratou a morte da auxiliar de enfermagem Mayara Vilela de Moraes, 22 anos, considerada sensacionalista e machista.
Maria Francisca Moreira Zaidan, advogada e coordenadora do Movimento de Mulheres Negras de Santo André Negra Sim, exige uma retratação pública do jornalístico da Record até a próxima quinta-feira, dia 25 e, caso contrário, ela está disposta a acionar o Ministério Público.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Segundo a Polícia Militar, Mayara foi morta por assaltantes, ao parar um carro para perguntar o preço da pernoite em um hotel. Em seguida, ela foi abordada por um suspeito e passou a direção do carro para o namorado e dirigiu-se ao banco de trás, quando foi atingida por um tiro.
Marcelo Rezende narrou a história como se a jovem fosse a única responsável pela ida ao motel e usou o termo pejorativo “sapecar”. O namorado é colocado na reportagem como “o trabalhador” e Mayara teriao esperado chegar do emprego e, “toda assanhada”, o seduziu.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
+ Após 30 anos, Regina Duarte se caracteriza de Viúva Porcina na TV
O conteúdo da reportagem teria ofendido a imagem da jovem. “Deixamos nossa palavra de ordem. Não podemos ficar caladas diante do sexismo que esse programa promove em rede nacional”, afirmou Silmara Conchão, secretária de Política para Mulheres de Santo André.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Está sendo feita uma carta aberta com assinatura de várias entidades, que até o fim do prazo vai ser entregue para o Ministério Público”, disse Maria Francisca, afirmando que a reportagem enquadra-se em calúnia (artigo 138 do Código Penal). A Record ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Um funcionário responsável pela segurança do prédio da Record afirmou que dentro dos sete dias haveria algum retorno, sem especificar qual seria a resposta da emissora. As informações são do site ABCDMaior.