Ao que tudo indica, as muitas críticas a respeito de um padrão monopolizado de abordagem nas novelas da Globo começaram a surtir efeito no sentido de superar essa situação. Pelas propostas mais recentes, percebe-se que as tradicionais faixas folhetinescas estão fugindo do foco da realidade crua na qual havia o desenvolvimento de tramas cuja violência urbana era o mote central, sendo este o principal alvo de críticas. Neste contexto, a coluna evidencia por meio de três exemplos essa mudança de rumos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O Tempo Não Para, trama escrita por Mario Teixeira e dirigida por Leonardo Nogueira, estreou recentemente no horário das 19h e tem feito bastante sucesso na emissora. A história da novela gira em torno de uma família do século XIX que desperta no século XXI. Por 132 anos, tal família ficou congelada, dentro de um bloco de gelo, enquanto os tempos seguiram-se lá fora. Eis que os membros da família são despertos em uma São Paulo turbulenta e se deparam com a sociedade em pleno 2018. Uma história completamente diferente dos últimos folhetins do horário das 19h.
No horário das 18h, a substituta de Orgulho e Paixão será Espelho da Vida, de Elizabeth Jhin. Como era de se esperar em se tratando da autora em questão, a novela abordará vidas passadas. Ao pisar pela primeira vez em Rosa Branca, cidade fictícia em Minas Gerais, onde nasceu seu namorado Alain Dutra (João Vicente de Castro), Cris Valência (Vitória Strada) sentirá que está passando pela mesma situação que já viveu anteriormente. É na localidade mineira que Alain vai filmar seu primeiro longa-metragem, que terá Cris como Julia Castelo, a protagonista do filme. Ao pesquisar sobre sua personagem, Cris viverá uma experiência de viagem no tempo, em que vai se deparar com uma de suas vidas passadas. O folhetim promete desenvolver suas histórias em duas épocas distintas ao mesmo tempo, algo bem diferente da realidade cética.
Por sua vez, a principal faixa de novelas globais, a das 21h, cederá espaço a uma trama pautada pelo realismo fantástico, algo quase raro. Destaca-se que essa é a faixa que mais recebeu críticas do público no tocante ao tema desta coluna. A novela se passará em Serro Azul, cidadezinha do interior de Minas Gerais, a qual contará com particularidades, a principal delas uma fonte com propriedades curativas e rejuvenescedoras, que é a parte mais externa de um gigantesco aquífero. Essa fonte é protegida por sete guardiões, pessoas que aparentemente levam uma vida comum (prefeito, médico, mendigo, etc.), que têm como missão garantir que essa riqueza não chegue às mãos erradas. Tais guardiões são escolhidos através de um ritual secreto e são substituídos a cada vez que um morre. Sempre por perto dos guardiões estará o gato Léon. Alguns comentam que o animal tem poderes. Outros se arriscam a dizer que ele não é apenas um gato.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
+ Ligado na TV: Tom agressivo de Bonner e Renata marcou sabatinas do JN
Embora não afirme publicamente que as mudanças de foco em suas novelas estejam relacionadas às críticas do próprio público, sabe-se que a emissora as absorveu e está nitidamente valorizando novas perspectivas, inclusive as ideias originárias de sua nova safra de autores, para reinventar suas tramas e não perder audiência.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
● Astro de Alma Gêmea abandona a Globo, vive de profissão comum e detona o que veterana fez: “Porr@ toda”
● Relação do Maníaco do Parque com trans é revelada e entrega o que assassino fazia no sexo: “Queria ser mulher”
● Estrela de Cheias de Charme vira faxineira para sobreviver após demissão e acaba de assumir profissão comum
Twitter: @Ligado_na_TV @JuniorDanyllo
Contato: danyllo@otvfoco.com.br
As opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do TV Foco
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE