O beijo entre pessoas do mesmo sexo era um dos tabus mais fortes na televisão brasileira, principalmente nas populares atrações dramatúrgicas da Globo. Entretanto, com o histórico dos últimos anos e com os dois feitos inéditos mais recentes, o beijo entre pessoas do mesmo sexo deixou definitivamente de ser tabu na Globo e reforça a perspectiva altamente progressista adotada pela emissora carioca.
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O primeiro e mais aclamado beijo entre pessoas do mesmo sexo em novelas da Globo ocorreu no último capítulo de Amor à Vida (2014), no qual Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) se beijaram. De lá para cá, a frequência com que esse beijo surgiu na teledramaturgia da Globo aumentou bastante, chegando ao auge neste 2018.
Apenas este ano, foram ao ar pelo menos 5 beijos entre pessoas do mesmo sexo em novelas da emissora. Porém, houve maior destaque para a quebra de mais dois feitos inéditos relativos ao tema.
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O mecânico Luccino (Juliano Laham) e o militar Otávio (Pedro Henrique Müller) protagonizaram, na novela de época Orgulho e Paixão, o primeiro beijo entre dois homens em uma novela das 18h, no capítulo exibido no dia 12 de setembro.
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Por sua vez, na última quarta-feira (03), após 23 anos de história, houve beijo entre dois homens também na novela Malhação. Os personagens Santiago (Giovanni Dopico) e Michael (Pedro Vinícius) se beijaram. É válido ressaltar que a atual temporada Vidas Brasileiras já havia exibido beijo entre pessoas do mesmo sexo com as personagens Lica (Manoela Aliperti) e Samantha (Giovanna Grigio), no ano passado.
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A Globo tem adotado uma postura que contraria o conservadorismo cada vez mais evidente no país, em que a intolerância e o ódio às diferenças tem reinado. Diferentemente de outras épocas, a emissora demonstra que não está mais nem aí para as críticas direcionadas por parcela significativa da população. A edição do Criança Esperança deste ano foi um exemplo claro dessa perspectiva cada vez mais progressista e inclusiva do canal dos Marinhos, uma vez que temas considerados paradigmáticos (racismo), mas necessários ao debate, foram tratados extensivamente.
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