Há pouco mais de duas semanas o Vídeo Show da Globo ganhou mais uma reformulação. Dessa vez, a mudança atingiu o quadro de apresentadores. Além da permanência de Sophia Abrahão, o vespertino passou a contar com as ex-BBBs Vivian Amorim, Fernanda Keulla e Ana Clara. Desde então, uma chuva de comentários negativos partiu da mídia e do público, muitos dos quais atribuindo o fraco desempenho em audiência à chegada das ex-confinadas, dando a entender até que elas são responsáveis pela crise do show. Isto não passa de tolice e maldade, entretanto.
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O Vídeo Show enfrenta oscilação negativa em seus números de audiência há anos, algo que se agravou especialmente a partir da saída de Monica Iozzi da apresentação, em 2016. Com isso, a emissora tem tentado de todas as formas possíveis superar as problemáticas dos números por meio de mudanças, seja no conteúdo ou no comando. Quadros de sucesso do passado já retornaram ao ar, bem como antigos apresentadores, como Cissa Guimarães e Miguel Falabella. Nada funcionou como desejado.
Nesse sentido, é nítido que há um desgaste generalizado e essa busca desenfreada da emissora carioca em reformular a atração acaba se tornando uma grande vilã do vespertino. São muitas mudanças em intervalos curtos de tempo, muitas das quais incoerentes. É fato que atribuir os números baixos de audiência atuais exclusivamente às ex-BBBs é infundado, porém, de certo modo elas fazem parte dessa busca desenfreada e errônea da emissora dos Marinhos. Não pelo desempenho no comando do show, mas em terem sido também escolhidas para estarem à sua frente, como outros o foram.
Soluções mais coerentes poderiam ter partido ou partir da emissora e da produção do vespertino. Conforme levantado pela coluna em 15/06, por que nunca colocaram Angélica na apresentação? Não que ela por si só seria a solução para todos os problemas, mas seria talvez a pessoa mais capacitada para estar nessa função. Ressalta-se aqui o sucesso do Hora da Venenosa, o qual possui a capacitada Fabíola Reipert como estrela. Ademais, o programa global tem uma produção extremamente criativa e talentosa e isso não tem sido explorado nos últimos anos. Em vez disso, aumentaram o foco na vida dos artistas, que já é pauta de Fabíola, Fofocalizando, Sônia e todo o espectro de redes sociais.
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Além dessas incoerências prejudiciais, salienta-se que o Vídeo Show em si já não é mais tão atrativo em meio a um mundo cada vez mais moderno, no qual as redes e mídias sociais instantaneamente mostram ao público quase todo o conteúdo do programa, a vida dos artistas, como supramencionado, e os bastidores da própria Casa. Além disso, frisa-se a questão das novidades de conteúdo no entretenimento, como o avassalador streaming, por exemplo, que tem fisgado público de quase todos os produtos televisivos.
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Fica a dúvida: o Vídeo Show voltará a ter relevância e sucesso?
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