Opinião: Fogo cruzado

07/11/2011 às 8h25

Por: Roberto Sabbatino
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Vivemos em uma democracia, embora muitas vezes isso não aconteça. Cada um tem sua opinião, seu modo de enxergar as coisas. Eu tenho o meu, gostaria de compartilhar e também saber a opinião dos leitores e comentaristas.

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A Polícia Militar na manhã de sexta-feira fez uma operação na favela de Antares, na zona oeste do Rio de Janeiro. Como sempre as equipes de reportagem de várias emissoras foi escalada para acompanhar toda a operação, mesmo sabendo de todo risco existente.

Coletes a prova de bala são fornecidos pelas emissoras para “proteger” os cinegrafistas e repórteres. Mesmo assim, o risco continua sendo altíssimo, pois todos sabemos que bandidos não utilizam armas tipo revólver calibre 38 ou 22. Bandidos que tem essa prática ilícita como profissão utilizam armamento pesado e quantas vezes não vemos pela reportagem armas apreendidas que são de uso exclusivo do exército.

Infelizmente ocorreu o inesperado: um profissional da equipe da Rede Band foi baleado no peito durante os registros do tiroteio envolvendo policiais e bandidos. Gelson Domingos de 46 anos, chegou a ser socorrido, mas não suportou os ferimentos.

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Infelizmente.

Minha opinião: acredito ser tremenda falta de responsabilidade das emissoras, dos profissionais e principalmente da Polícia que permite a presença de civis totalmente desprovida de treinamento, tática, equipamento de segurança no meio de fogo cruzado onde bandidos atiram para matar mesmo não importando se tem crianças ou profissionais trabalhando.

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Como pode fornecer apenas um colete a prova de balas para essas pessoas enfrentar um fogo intenso pelas favelas? Estão pensando que o colete segura o quê? Um tiro de fuzil perfura facilmente um simples colete. E agora? Como fica? Fazer um enterro bonito com caixão maravilhoso e com homenagens não vai trazer Gelson de volta!

E a Secretaria de Segurança Pública? Por que permite que equipes de reportagem continuem junto aos policiais em intenso fogo cruzado? Por quê não proíbem esse tipo de reportagem? Por quê esperar o pior acontecer para depois tomar providências? E ainda, quando acontecem esse tipo de tragédia, os policias precisam socorrer as vítimas ficando também desprotegidos e vulneráveis. Precisam prestar socorro e ao mesmo tempo se proteger.

Confronto entre Polícia e traficantes. A população é quem sofre.

É claro que alguns vão dizer que estão ali por liberdade de imprensa, que o papel deles é informar, mostrar a operação policial, o que também concordo e respeito. Agora tente explicar isso aos familiares.

Comente, participe. Queremos saber sua opinião.

                                                                                                                                       Texto: Roberto Sabbatino / Twitter: @robsabbatino

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Roberto Sabbatino
Roberto Sabbatino

Roberto Sabbatino é cinegrafista da produtora RA Filmes estabelecida na cidade de Jaú/SP. Escreve sobre TV desde 2008. As opiniões do colunista apresentadas neste site, obrigatoriamente não expressam as do Tv Foco, sendo de inteira responsabilidade do escritor.Twitter: @tvfococolunista

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