OPINIÃO | Record não tem competência na produção de programas de qualidade para seus apresentadores
28/03/2018 às 8h29
Apesar de possuir nomes de peso em seu casting, a Record sofre por não ter competência na produção de programas de qualidade para seus apresentadores. Nesse panorama, Xuxa, Gugu, Mion e Justus, maiores exemplos, deslocaram-se de programas originais para formatos estrangeiros comprados pela emissora.
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Após duas temporadas de números de audiência aquém do esperado, o programa Xuxa Meneghel chegou ao fim na Record e a apresentadora teve de ir para o comando do Dancing Brasil, versão brasileira do programa estadunidense Dancing with the Stars, produzido pela Endemol Shine.
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Gugu Liberato, por sua vez, chegou a comandar por algum tempo o Programa do Gugu, porém, a versão sofreu desgaste e também não conseguiu sustentar índices satisfatórios de audiência. Com isso, o apresentador renovou recentemente com a emissora de Edir Macedo na condição de comandar a edição 2018 do Power Couple (ex-Justus). Parceria da Record com a Dori Media, o reality é baseado no formato israelense de mesmo nome. Havia comentários sobre possível novo programa para Gugu aos domingos, fato negado pela Record.
Outro que teve de dar adeus ao seu programa foi Marcos Mion. Após longos 8 anos à frente do Legendários na Record, Mion ficará na responsabilidade exclusiva de A Casa, reality show brasileiro produzido e exibido pela Record em parceria com a FremantleMedia, do formato holandês da série Get the F*ck Out of My House. Ainda há possibilidade de o Legendários retornar à grade da emissora em temporadas.
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Por fim, Roberto Justus deve sair da Record após quase 11 anos à frente de atrações como O Aprendiz, A Fazenda e Power Couple. Por sinal, todos originários de formatos fechados do exterior. Entretanto, vale o destaque para o Roberto Justus +, programa original apresentado por Justus que também não decolou na emissora.
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Ante o exposto, constata-se que com as práticas atuais, a Record tira o foco do nome do apresentador e joga para o formato em si. Ou seja, nem precisa ser um ‘apresentador de luxo’, contanto que o formato seja bom e dê resultado.
Isto, acima de tudo, mostra a incompetência de uma das maiores emissoras do país na contratação de profissionais capacitados para elaborar formatos originais. Sem dúvidas, a emissora tem recursos e existem (muitos) profissionais no mercado.
Além disso, os próprios telespectadores conseguiriam elaborar sugestões capazes de exercer a função do quadro de funcionários dos setores criativos da emissora, caso o problema seja a presença maléfica de uns em detrimento da presença positiva de outros.
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As opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do TV Foco
Autor(a):
Danyllo Junior
Escreve artigos de opinião sobre televisão desde 2009. Enfermeiro, Mestrando da UFRN, autor de livro - Morte Gêmea - e contos, e apaixonado pelos afins da televisão. Integra a equipe do TV Foco/iG desde maio de 2013, assinando atualmente a coluna semanal ‘Ligado na TV’, na qual lança seu olhar sobre o curioso universo televisivo. (e-mail: [email protected])