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Pânico mudou. Como tudo na vida, nas horas de crise descobrimos o quanto podemos melhorar. Está mais apropriado para todas as idades, antes víamos apenas diversão para adolescentes. Retirou competições como “Só o Culme Interessa” desgastada pelo tempo, pararam com as extensas visitas aos balneários internacionais, investiram em novos personagens.
No programa de ontem houve elogio para o pessoal da edição, e não podemos deixar de salientar isso. Sem este grupo, o programa perde seu tempero. Eles alavancam a risada, dão o empurrão final, ampliam-na quando já estávamos nos refestelando com o comediante. É o talento que não vem dos cursos, da faculdade, a pessoa tem que ter nascido para isso, ter a visão correta, saber quando sua ação pode elevar o humor ou quando ela joga todo a piada para o campo da baixaria. Esta equipe acerta o ponto, sabe a dose, tempera com cuidado, experiência e sensibilidade.
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A estética do programa também chama a atenção. As chamadas, as animações, todo seu colorido e tecnologia digital nos atraem, atiçam nossa vontade para continuarmos assistindo. A imagem realmente brilha na tela.
Mas há um ponto especial que eu gostaria de salientar. Sempre reclamei sobre o CQC permitir propagandas de cervejarias, o Pânico também tem este desserviço à sociedade mas, e agora vem o grande diferencial, mostram da melhor forma possível o prejuízo causado pelo álcool na condução de algum veículo. Ontem eles revelaram como fica a pessoa ao andar alcoolizado de bicicleta, porém em outro programa, ainda na época da RedeTV!, expuseram a consequência no automóvel. Inteligente sem perder o patrocínio e assumindo sua parte com responsabilidade. Se fosse uma apresentação única, até não daria atenção para o fato, mas a turma se mostrou atento a este grande prejuízo por mais de uma vez. E estão com toda a razão. Vemos um Pânico amadurecido.
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