O Velho do Rio é um dos personagens mais emblemáticos de ‘Pantanal”.
Sobrenatural é tudo o que não podemos ver, mas podemos sentir. O Velho do Rio de “Pantanal”, é exatamente isso! Um personagem que zela pela natureza, mas que na primeira versão da novela em 1990, causou espanto em algumas pessoas, justamente pelo mistério que levava na novela exibida na extinta TV Manchete.
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Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a primeira versão de “Pantanal”, é lembrada por saudosismo por um dos personagens mais icônicos da televisão brasileira. Interpretado pelo saudoso Cláudio Marzo, o Velho do Rio era uma entidade que cuidava do bioma e se transformava em sucuri na novela original. No remake assinado por Bruno Luperi na Globo, o personagem místico é interpretado pelo veterano Osmar Prado.
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O homem virou lenda quando foi atrás de um boi bravo fugido de sua fazenda. Na pele de Joventino, também interpretado por Cláudio Marzo, ele morreu em meio à natureza, mas seu corpo nunca foi encontrado. Ele então, renasceu como o ser místico do Pantanal e participou das duas fases da novela.
Na história, o Velho do Rio também era curandeiro e se apresentava de duas formas: como cobra sucuri, a maior de todas; e em pele e osso ele não se revelava para todos. Jove (Marcos Winter), neto dele, o via, e Juma (Cristiana Oliveira) não só o enxergava, como também foi criada por ele após a morte de sua mãe, Maria Marruá (Cássia Kiss). Xéreu Trindade (Almir Sater), peão violeiro que tinha visões sobrenaturais, era outro que conseguia ver o ser sobrenatural.
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QUEM É O VELHO DO RIO NO REMAKE?
No remake da Globo, o encantado interpretado por Osmar Prado, vive rondando as matas, e assim como na obra original, também atua como uma espécie de guardião, ajudando quem precisa e fazendo justiça em nome da natureza.
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Em entrevista recente ao Notícias da TV, Osmar Prado comentou sobre um dos personagens mais marcantes de “Pantanal”.
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“Ele mexeu tanto comigo que fiquei recluso quando fui para Mato Grosso do Sul. Eu peço até desculpas a Almir Sater, porque fui deselegante e não aceitei o convite para conhecer a casa dele. O papel me exige uma simplicidade extrema, porque a liberdade para ele é não ter nada. A gente vive numa sociedade em que é preciso ter tudo. O Velho do Rio me trouxe muita coisa. A sua empatia, o seu amor, a sua leveza e, sobretudo, a sua justiça”, revelou Osmar Prado sobre o seu laboratório para a novela das nove da Globo.
No programa “É de Casa”, do último sábado (9), o intérprete do Velho do Rio, definiu o personagem como alguém que faz as próprias regras. “Ele é uma entidade, ele tem uma filosofia própria, e essa filosofia vai muito na contramão da tendência de como o homem moderno explora a terra. Um protetor da fauna e da flora, um crítico severo do comportamento desleal, da ganância e da exploração do homem através de queimadas”, afirmou Osmar Prado.
“Ao morrer, ele virou parte daquela floresta, ele encantou-se como uma sucuri, como eles dizem, a maior e mais valente. Tem duas formas de ele se apresentar: como homem e como sucuri”, acrescentou o veterano ator de “Pantanal”.
QUAL O FINAL DO VELHO DO RIO NA PRIMEIRA VERSÃO?
José Leôncio e Filó (Jussara Freire) se casam no último capítulo, mas não têm muito tempo para viver o matrimônio. No dia seguinte ao enlace, o “Rei do Gado”, acorda se sentindo mal, com uma forte dor no peito. Antes de falecer, ele tem uma visão com o pai, Joventino, que assumiu a imagem do encantado Velho do Rio (também interpretado por Cláudio Marzo).
À beira de um rio, os dois têm um reencontro emocionante. José Leôncio finalmente descobre o fim de seu pai, dúvida que o deixou atormentado durante toda a novela. “Eu caí do cavalo naquela luta com o marruá, e a boca de sapo me pegou no pescoço. Ali eu tava morto”, revelou o Velho do Rio.
“Eu disse para o senhor não ir caçar o Marruá sozinho. A gente tinha combinado”, reagiu José Leôncio. O ser místico então justificou que o filho é o novo Velho do Rio.
“Estava escrito, filho. Nossas histórias também não terminam aqui. Tem seus filhos, seus netos… Tem que cuidar deles, que nem eu cuidei de ocê. Agora tô cansado dessa vida. Chegou minha hora de descansar. Até um dia, filho! Cuida bem da tua comitiva!”, encerrou o personagem na primeira versão de “Pantanal”.
Caso Bruno Luperi, siga o mesmo destino da primeira versão, o reencontro entre José Leôncio e o Velho do Rio deverá ser o desfecho do remake da Globo em seu último capítulo.