Laura Muller deu uma entrevista reveladora e contou tudo sobre o seu passado.
Laura Muller, atualmente integrante do programa Altas Horas, faz sucesso por suas respostas relacionadas ao tema sexo. No entanto, antes de ser psicóloga e educadora sexual, a sexóloga foi jornalista e começou a carreira no como repórter, com bloco e gravador nas mãos. No decorrer da carreira, o assunto no qual ela debate hoje surgiu e ela teve que enfrentar diversas dificuldades, mostrando que, diferentemente do que ela tenta passar hoje em dia, nem tudo são flores quando o assunto é falar sobre sexo.
“O que mais me marcou quando eu era repórter, especialmente de cidades, é que, quando eu ia fazer a cobertura de algum crime, eu não me interessava tanto pelas informações que os jornalistas precisavam levantar. Queria saber as motivações que tinham levado aquela pessoa a cometer um crime. Depois que entrei na psicologia, entendi que, desde o início, sempre fui muito mais de olhar o lado psicológico do que o ‘como?’, ‘o que?’, ‘por quê?’ exigidos pelo jornalismo”, lembrou Laura Muller, de 49 anos, em entrevista ao Uol.
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No ano de 1996, Laura Muller teve que ser editora da seção sobre sexo da revista Claudia. “Resolvi tentar outras áreas e pintou uma vaga na editoria de sexo da Claudia. Topei o desafio. Era um momento em que as revistas estavam reposicionando seu conteúdo para falar mais sobre sexualidade, porque ainda era um assunto tabu. Na época, não sabíamos ainda como fazer isso”, disse ela. No entanto, não foi nada fácil falar sobre o assunto em uma sociedade ainda marcada pelo machismo. “Quando comecei, achei muito difícil e foi justamente isso que me levou a fazer especialização em educação sexual. Mas acabei me apaixonando pela área”, revela.
E nesse novo desafio, Laura Muller finalmente caiu a ficha de que ainda não era tão fácil assim discutir sexo. “De cara achei difícil. Nas minhas primeiras entrevistas, eu ficava envergonhada de falar o que hoje eu falo com a maior tranquilidade. Ficava com vergonha de falar pênis, vagina, de fazer perguntas. Eu via que os especialistas que eu entrevistava conversavam naturalmente sobre o tema e pensei: ‘Preciso me especializar para rever meus conceitos, meus preconceitos e ficar um pouco mais embasada em um tema tão polêmico quanto o sexo’.”
As palestras sobre o assunto fizeram com que ela se aprofundasse mais ainda no tema, tendo um resultado positivo. “”Falei muito a jornalistas sobre sexualidade e mídia por anos. Percebi que era um tema complexo e não bastava eu falar sob o ponto de vista do que eu conhecia, da minha vivência pessoal, da minha sexualidade. Precisava entender mais a fundo e estudar, até para formular perguntas mais adequadas para entrevistar, escrever e editar”, disse ela.