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Rombo de R$ 135 milhões e 600 credores: Pedido de falência de gigante das carnes, rival da Sadia, é confirmado

02/01/2024 às 9h27

Por: Lennita Lee
Rival da Sadia é alvo de credores após se afundar em dívidas (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco)
Rival da Sadia é alvo de credores após se afundar em dívidas (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco)

Empresa gigantesca, rival da Sadia, enfrenta pedido de falência por 600 credores após rombo de milhões

E uma empresa gigantesca no setor de carnes, rival da Sadia, acaba de ser alvo de 600 credores após rombo de R$135 milhões vir à tona em meados do fim de dezembro de 2023.

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Estamos falando do  Frigorífico Rio Beef, ativa desde o ano de 2019, criada para preencher uma lacuna de mercado ocorrida em 2023 na cidade de Ji-Paraná, na Região central do Estado de Rondônia.

A mesma chegou a entrar com um pedido de recuperação judicial (RJ) em janeiro de 2023, alegando crise econômica e financeira.

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Afundada em dívidas e pedido de falência

Segundo revelou à época dos autos, o administrador judicial apurou que a dívida da empresa já ultrapassava os R$ 135 milhões, com débitos para quase 600 credores, a maioria sendo produtores rurais e fornecedores.

De acordo com o que foi apurado com com exclusividade pelo Compre Rural. no desdobramento do processo, há documentos em que mostra a rejeição dos credores para a proposta da RJ apresentada pela empresa durante a assembleia de credores.

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Ainda conforme apresentado pelo documento exposto pelo portal, devido a  inconsistência do plano de recuperação e, a evidência de inúmeras fraudes a serem apuradas, desde a venda da planta a grupo reconhecidamente suspeito, o pedido dos mesmos é que se concretize a falência da mesma.

Ainda de acordo com o Compre Rural, em fevereiro de 2023, foram denunciadas um verdadeiro desrespeito a classe de pecuaristas de Rondônia que, precisam agora lutar para receber o dinheiro da venda dos seus animais à empresa citada.

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A fim de sanar a crise, representantes da empresa tentaram durante todo o mês de janeiro de 2023 executar uma  reunião com o objetivo de  criar um novo cronograma de pagamentos, com a promessa de compra de gado para realizar o giro do caixa.

Isso iria viabilizar a quitação de parcelas antigas, mas nada disso se tornou realidade.

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Em queda …

De acordo com a defesa da empresa, os sócios foram vítimas de um golpe e que 80% da empresa foi alienada em 2021 e passou a ser administrada por novos acionistas, que tomaram empréstimos e deixaram de pagar fornecedores [entre eles os pecuaristas da região.

Os sócios reassumiram o controle da empresa no ano de 2022, após decisão judicial. Atualmente a planta frigorífica segue abatendo os animais em um contrato firmado com a BMG.

Cabe ressaltar que esse contrato vigorará enquanto a BMG tenha interesse, sem uma garantia de continuidade sólida.

Apesar de todo o sucesso quando iniciou a operar na região, a credibilidade do  frigorífico Rio Beef, acabou sendo abatida por uma série de irregularidades na gestão.

Na época o caso  estourou por conta da dívida de cargas de alto valor que haviam sido entregues pelos pecuaristas e não haviam sido pagas pelo, até então, gestor.

Na época dos fatos, os antigos sócios deixaram a empresa e, em vídeo institucional, todos foram informados que um fundo de investimento, o OZZFOUR, de São Paulo, estava assumindo as operações e, claro, as obrigações de pagamentos e recebimentos da empresa.

O grupo de investidores era comandado pelo conhecido Lucas Zanchetta. Mais uma vez, junto da operação, aparecia os mesmos empresários que estavam relacionado ao New Beef, de Nova Xavantina.

O fato é que, o  o frigorífico acumulou dívidas milionárias ao longo da gestão da OZZFOUR, deixando os pecuaristas e principais fornecedores com grande prejuízo.

Diante dos fatos, a antiga gestão do frigorífico entrou com pedido na justiça, logo após o fechamento da planta por “abandono do Lucas”, e conseguiram reaver a planta de abates para voltar a tocar o projeto.

Infelizmente, mais uma vez a crise se instalou e, pecuaristas com dívidas atrasadas e vivendo situações difíceis para conseguir se manter nas atividades tentam reverter o prejuízo.

Pedido de recuperação

Como mencionamos acima, um  pedido de recuperação foi feito em janeiro de 2023 e deferido e o processo ainda transcorre na 5ª Vara Cível da Comarca de Ji-Paraná.

Conforme consta nos documentos do processo da RJ, na Assembleia Geral de Credores realizada em dezembro deste ano foram pautadas para votação:

  • Suspensão da assembleia até o dia 29/02/2024 (art. 56, §9º da LREF); deliberação sobre o Plano de Recuperação Judicial (art. 56, caput, da LREF); e concessão de prazo de 30 (trinta) dias para que seja apresentado plano de recuperação judicial pelos credores (art. 56, §§ 4º e 5º da LREF).
  • A pauta de suspensão proposta pela Recuperanda foi rejeitada por 63,38% dos credores presentes. Diante disso, passou-se para a votação do PRJ, que foi rejeitado por 81,39% dos credores presentes, não tendo sido atingido o quórum mínimo estabelecido no art. 45, §1º da LREF.
  • Ao final, foi aprovado por 81,39% dos presentes a concessão do prazo de 30 (trinta) dias para que os credores apresentem um PRJ, com retorno da assembleia no dia 15 de janeiro de 2024.

Mas qual a situação atual do frigorífico?

Ainda de acordo com o portal, Lucas Zanchetta segue ileso, revel em centenas de processos. Até então, nenhuma medida criminal contra ele foi tomada pelo atual gestor do frigorífico, apesar deste afirmar a todos ter sido vítima de um golpe.

Diante de tantos fatos duvidosos, questionamentos sem respostas e enrolos, os credores rejeitaram e apontaram inexistência de garantias para a PRJ, e como mencionamos, o apelo é que a falência seja decretada de vez.

Como é sabido, a planta em que funciona a empresa, pertence a terceira pessoa, logo, o contrato de arrendamento poderá ser rescindido nos termos da lei.

O contrato com a empresa BMG, da mesma forma, vigorará até quando esta tenha interesse, logo, sem qualquer garantia de continuidade.

Segundo os credores do frigorífico Rio Beef, a manutenção deste plano: “Com a devida vênia, estaria apenas postergando o que parece ser claro e cristalino, novo calote na praça” – Conforme aponta trechos do documento.

Porém, o processo ainda segue SEM DEFINIÇÃO DA JUSTIÇA.

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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