Um dos maiores bancos do país pediu por uma falência e notícia foi confirmada por Renata Lo Prete, no Jornal da Globo
E no mês de outubro do ano de 2019, em uma das edições do Jornal da Globo, apresentado pela âncora Renata Lo Prete, foi confirmado um pedido de falência que partiu do maior banco do país.
Estamos falando da estatal, Caixa Econômica Federal, que entrou com um pedido para que a Justiça decretasse a falência da empreiteira Odebrecht, que havia entrado com um pedido de recuperação judicial no mês de junho daquele ano.
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Lo prete então confirmou a situação e ainda confirmou o valor exorbitante da dívida total:
” A Caixa Econômica Federal pediu a Justiça a liquidação do Grupo Odebrecht e a autorização para que os credores possam nomear novos administradores.
A Odebrecht pediu recuperação judicial em junho e apresentou um plano de reestruturação, considerado genérico demais para os credores, a dívida é de 98,5 bilhões de reais.
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A empresa declarou ser natural que credores façam questionamentos nas diversas fases do processo de recuperação Judicial” – Informou ela na época.
De acordo com o portal EL PAÍS, o banco estatal foi bastante enfático ao afirmar, em documento apresentado à 1ª Vara de Falências de São Paulo, que a estratégia do grupo alvo da Operação Lava Jato não continha elementos mínimos “para ser considerado um plano de recuperação judicial”.
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Outros credores, como Itaú e Banrisul, também questionaram a empresa, mas nenhum chegou a pedir falência, que é a ordem legal de vender todos os ativos e liquidar a questão.
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Segundo informações exclusivas do El PAÍS , que apurou o que apesar de uma atitude incomum, essa atitude da Caixa se deu devido às ordens vindas diretamente de Brasília, na época, para apertar o cerco contra a construtora.
Relembrando o caso Odebrecht
Fundada em 1944 em Salvador (Bahia) por Norberto Odebrecht, a Odebrecht foi considerada uma das maiores empresas brasileiras.
Presente em 26 países, ela possuía uma receita bruta de 86 bilhões de reais e empregava cerca de 47,8 mil pessoas de 20 nacionalidades.
Nos anos que antecederam o seu pedido de recuperação judicial, ela se envolveu em uma série de escândalos de corrupção no Brasil, com a deflagração da Operação Lava Jato.
O episódio revelou que executivos da Odebrecht pagavam propinas para políticos e funcionários públicos para ser contemplada com a realização de grandes obras.
Mas não foi apenas no Brasil que a empresa se viu envolvida em escândalos como este. Segundo a revista Época, a empresa admitiu o feito em 12 países, como Argentina, Peru e o México.
Aos poucos, a confiança do mercado sobre suas operações foram ruindo na medida em que novos casos vinham à tona. As dificuldades financeiras foram se agravando e as possibilidades da empresa honrar seus empréstimos foram diminuindo.
Segundo a Folha de S. Paulo, além da holding da Odebrecht, a recuperação judicial envolveria outras 15 empresas do grupo. Companhias operacionais, como a Braskem, por exemplo, não foram afetadas
Concessão
Conforme informações da Folha de S.Paulo, a Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Justiça de São Paulo concedeu dia 27 de julho de 2020 a recuperação judicial da Odebrecht S.A. e outras 11 empresas do grupo.
A partir da homologação, a empresa recebeu dois anos para executar o plano, que foi aprovado pelos credores em abril de 2020.
Entre as empresas cuja recuperação foi concedida pelo juiz João de Oliveira Rodrigues Filho estavam:
- OSP Investimentos
- Odebrecht Serviços e Participações S.A
- ODB International Corporation
- OPI S.A.
- OP Gestão de Propriedade S.A.
- Odebrecht Energia S.A
- Kieppe Participações e Administração
- ODBINV S.A., Odebrecht S.A.
- Edifício Odebrecht RJ S.A.
- Odebrecht Properties Investimentos S.A
- Odebrecht Energia Investimentos S.A.
Vale destacar que em abril de 2023, Marcelo Odebrecht, terminou de cumprir pena por corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro imposta na Operação Lava Jato. Ele passou dois anos trabalhando no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com a CNN, Marcelo foi delator do conluio de empreiteiras que pagou propinas a centenas de políticos em troca de contratos com a Petrobras.
Ele era presidente da construtora que levava o sobrenome da família quando a Lava Jato tomou proeminência, em 2014, e prendeu os principais executivos do grupo.
Depois de período na prisão, o empresário passou a prestar serviços comunitários como parte do acordo de colaboração assinado com o Ministério Público Federal (MPF).
No Hospital das Clínicas, trabalhou no setor administrativo, entre 2021 e 2023, e terminou de cumprir a pena.
Como ficou a situação da Odebrecht?
Ainda de acordo com a Folha de S, Paulo, no dia 18 de dezembro do ano de 2020, o Grupo Odebrecht, anunciou que passaria a se chamar Novonor (junção das palavras “novo” e norte”)
O anúncio foi feito na época por Maurício Odebrecht, único membro da família que atualmente, segundo o portal Bahia Econômica, em 2023 assumiu a presidência do Conselho de Administração do Novonor.