Pena pesada! Justiça condena homens após ataques racistas contra Maju Coutinho

Maju Coutinho (Foto: Reprodução)

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Maju Coutinho foi vítima de ataques racistas e a Justiça determinou sentença após processo

A jornalista Maju Coutinho, âncora do Jornal Hoje, um dos principais telejornais da Rede Globo, foi vítima de ataques racistas.

Nesta segunda-feira, 09 de março, o TJSP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) compartilhou a decisão da 5ª Vara Criminal da Comarca da Capital com a condenação de dois homens pelos crimes de racismo e injúria racial contra Maju Coutinho.

Segundo a decisão, que ainda cabe recurso, Erico Monteiro dos Santos foi condenado a seis anos de reclusão e 30 dias-multa. O outro autor do crime de racismo contra a jornalista, Rogério Wagner Castor Sales, recebeu uma pena de cinco anos de reclusão e 24 dias-multa. Ainda segundo a decisão, os dois poderão cumprir a pena em regime semiaberto.

O juiz Eduardo Pereira Santos Júnior, ao escrever a sentença em favor de Maju Coutinho, classificou as ações racistas como “enojantes”. “A escolha da vítima não foi à toa. Jornalista e apresentadora, competente e carismática, Maju, como é conhecida do grande público, foi eleita pelos réus por sua grande exposição no Jornal Nacional da Rede Globo. O ataque racista, desse modo, não estaria restrito a um gueto ou ao submundo da internet no qual transitavam os acusados. Ao atacar figura pública emblemática, os réus visavam – e de alguma forma obtiveram – ampla repercussão de suas mensagens segregacionistas”, diz a sentença do juiz.

A apresentadora do Jornal Hoje (Foto: Reprodução)

Além da condenação por racismo e injúria racial, os condenados também foram indiciados e culpados pelo crime de corrupção de menores pelo envolvimento de outros três adolescentes no caso contra a jornalista

A denúncia aconteceu após a publicação de algumas mensagens nas redes sociais: “Negros são uma raça maldita. Merecem morrer. Não era para ter acabado com a escravidão. Negros desgraçados merecem o Xicote [sic]”.

Os outros dois envolvidos no processo, Kaique Batista e Luis Carlos Félix de Araújo, foram absolvidos da condenação.