Plano de Saúde gigantesco deixa milhares de brasileiros na mão após falência
E o ano de 2024 começou preocupando milhares de brasileiros que perderam a cobertura de um dos maiores planos de saúde após o mesmo quebrar ao entrar em situação de insolvência* e falência por meio de uma intervenção judicial no último dia 23 de dezembro de 2023.
(*Insolvência é o estado do devedor que não é comerciante e se encontra sem recursos, financeiros ou patrimoniais, para saldar as obrigações contraídas; inadimplência)
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Pois é, em plena véspera de natal, milhares de segurados ficaram no mais completo abandono pelo seguro. Estamos falando do plano de saúde Americano, GBG ( Global Security).
Abrangência internacional
Conforme a própria GBG, esse plano foi elaborado exclusivamente para indivíduos e famílias brasileiras que residem na América Latina
e Caribe e que procuram por um seguro médico internacional, integral e com acesso a uma rede de provedores médicos de excelência nos EUA.
Vale mencionar que tal plano oferecia a essas famílias brasileiras uma variedade de franquias e fornece cobertura para:
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- Atendimento hospitalar
- Tratamentos ambulatoriais
- Emergências
- Anexo opcional para transplantes
- Farmácia e mais
Acabou!
De acordo com o portal O Globo, na coluna do jornalista Landim, milhares de consumidores brasileiros receberam a notícia de que tal plano de saúde, que aliás é um dos mais caros do mercado deixaria seus segurados sem quaisquer coberturas médicas e hospitalares.
Os motivos por trás dessa quebra ainda não foram revelados.
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Porém, é válido mencionar que tal situação ocorre em meio à crise que muitos planos de saúde, inclusive de marcas brasileiras, se encontram nos últimos meses.
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Por que os planos de saúde caíram tanto nos últimos meses?
De acordo com o portal Valor, a saúde suplementar teve um prejuízo operacional de R$ 10,7 bilhões só no ano de 2022, frutos da consequência de custos assistenciais subindo mais que receitas, cuja tendência manteve no primeiro trimestre de 2023.
As operadoras de planos de saúde em geral tiveram perdas operacionais de R$ 1,7 bilhão nos primeiros três meses de 2023,
Essa performance negativa foi compensada pela alta rentabilidade das aplicações financeiras, levando a um resultado líquido de R$ 620,6 milhões.
Segundo a ANS, os planos médicos fecharam 2022 com 50,5 milhões de beneficiários, o maior número desde 2014, mais de 80% deles no segmento coletivo, especialmente empresarial.
Apesar do leve crescimento em 50,8 milhões de usuários, ele não tem sido suficiente para colocar o setor no caminho do lucro operacional, por conta da alta taxa de sinistralidade.
De acordo com o executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Marcos Novais, os elevados índices de utilização, somados à incorporação de novas (e mais caras) tecnologias, trazem aumentos de custos que dificultam o acesso aos planos.
Porém, segundo ele, à medida que os reajustes vão sendo aplicados, a tendência é de reequilíbrio dos contratos.
De acordo com o Poder 360, a única luz do fim do túnel para alavancar os planos em geral é pensar em uma nova reestruturação e pensar em inovações que consigam atender o público e as expectativas de ganhos neste ano de 2024.