William Bonner cobriu o que seria uma das maiores tragédias que o Brasil presenciou e que até hoje deixa marcas
William Bonner é um dos mais antigos e respeitados jornalista da Globo. Em anos de carreira, ele já cobriu inúmeros acontecimentos marcantes, porém ele já revelou várias vezes que um dos mais fortes da sua carreira foi o do acidente da TAM, ocorrido em 17 de julho no ano de 2007.
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Tragédia essa que ainda deixa marcas profundas em todos, principalmente nos entes queridos das pessoas que morreram como nas equipes que cobriram o caso, e também em William Bonner que se envolveu diretamente e viu tudo de perto.
Na ocasião um avião da companhia aérea bateu em um prédio e centenas de pessoas morreram. Naquela época a platinada estava cobrindo os Jogos Panamericanos, e tudo precisou ser interrompido para que o plantão conseguisse dar aquela notícia tão trágica.
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No instante em que tudo aconteceu, William Bonner ainda estava nos estúdios do “Jornal Nacional” e iniciou a cobertura a partir dali:
“São 7:07 da noite e o hangar da TAM, no aeroporto de Congonhas, está pegando fogo. Você tem aí as imagens. As primeiras informações são que este incêndio teria começado num avião da companhia que estaria dentro do hangar”– Iniciou ele
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Em seguida, ele chamou o repórter Fernando Rocha, que confirmou a triste notícia em que haviam centenas de pessoas dentro da aeronave e também falou sobre a situação externa: “As chamas são muito altas e o trânsito está completamente congestionado” – Confirmou ele
O Jornal Nacional precisou mudar tudo que já estava em pauta na correria, e ao contrário do que foi planejado, Fátima Bernardes mal conseguiu ir ao ar para cobrir os jogos. Em entrevista ao “Memória Globo” William Bonner declarou:
“O jornal foi praticamente todo ao vivo: eu fazia perguntas para os repórteres, que às vezes não tinham como responder, as coisas estavam acontecendo naquele momento. Parecia rádio por causa da agilidade, foi uma das coisas mais heroicas que fizemos”
Apoio da equipe
Inclusive outro nome de renome do jornalismo da Globo, Rodrigo Bocardi, foi o primeiro âncora a ir até Congonhas para trazer imagens exclusivas do ocorrido. No dia seguinte, Fátima Bernardes voltou à bancada do Jornal Nacional, enquanto William Bonner ia até os estúdios de São Paulo.
Ele comandou várias edições do noticiário diretamente do local do acidente, e ainda transmitiu algumas informações sobre as investigações: “O Jornal Nacional começa com uma revelação exclusiva e grave” – Disse William Bonner
Tanto que foi revelado pelo noticiário da Globo que o próprio presidente da companhia da época tinha assumido que a aeronave estava com um problema em uma das turbinas, o que teria sido um dos principais fatores que causou essa tragédia lamentável:
“Abri o JN dizendo que o reverso estava ‘pinado’ e o que isso significava. Até então, culpava-se muito a pista, e aí surgiu outra hipótese para o acidente. Hoje, vemos que aparentemente foi uma coleção de coisas: a pista curta demais, molhada demais, sem o grooving, o avião sem o reverso etc. Tudo errado” – Lembrou William Bonner
Esse Plantão foi algo tão bem feito e de uma magnitude tão impar que o Jornal Nacional foi finalista no Emmy de 2008 na categoria “Notícia”.
Veja o momento: