O QUE ROLOU?!

Pode te MATAR: A ordem da ANVISA contra 4 marcas de café e a retirada dos mercados diante de contaminação

26/08/2024 às 6h40

Por: Lennita Lee
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ANVISA determinou a proibição de 4 marcas de café após risco (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/ANVISA)

ANVISA decretou proibição de 5 marcas de cafés populares após a autarquia identificar substâncias que poderiam causar graves problemas em contato com o organismo do consumidor

O Café, desde sempre, tem forte ligação com a economia brasileira. Inclusive, entre o século XIX e XX, o mesmo foi o maior foco das exportações brasileiras e trouxe grandes mudanças políticas, econômicas e culturais para o país, não é a toa que o período ficou historicamente conhecido como o Ciclo do Café.

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Desde então, o mesmo passou por grandes modificações e até hoje é carro chefe de grandes empresas alimentícias, cujas quais são referência de qualidade para milhares de consumidores que o consomem diariamente e até mesmo de forma “ritualística”.

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Afinal de contas, há quem diga que não consegue começar o dia sem uma boa xícara da bebida, não é mesmo? Porém, nem mesmo as grandes marcas que o comercializam estão isentas de poder receber uma punição ou proibição da ANVISA.

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Tanto é que no dia 28 de setembro do ano de 2022, 4 marcas de café foram impedidas por ordem da autarquia a serem comercializadas devido a contaminação por excesso de impurezas encontrado nos produtos, na região de Minas Gerais.

Segundo o portal G1, essa decisão da Comarca de Viçosa foi divulgada atendendo a um pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

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Marcas na mira:

As decisões atingiram as seguintes empresas abaixo:

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  • Fartura – Tradicional;
  • Da Feira – Extra Forte;
  • Da roça;
  • Viçosense – Extra Forte

Ainda de acordo com o portal G1, elas tiveram que comprovar a interrupção da comercialização em um prazo dado em 10 dias.

Para que as vendas dos cafés fossem retomadas, as empresas tiveram que apresentar à Justiça um laudo produzido por órgão de Vigilância Sanitária ou pelo Sindicafé-MG, com a devida comprovação da ausência de impurezas como milho, areia, cascas e paus, acima dos limites permitidos por lei.

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Além da proibição da comercialização, também foi determinada a apreensão dos produtos fabricados e expostos à venda nos estabelecimentos comerciais, como mercados e pequenas merçearias da Comarca de Viçosa.

A providência foi devidamente executada pela vigilância sanitária local, cuja qual deu o devido descarte aos produtos impróprios apreendidos.

As ações foram ajuizadas pelo MPMG em função de análises, de mais de 1.200 marcas de café torrado e moído coletados no estado, que demonstraram a existência de elevados índices de impurezas nos produtos das quatro empresas.

Segundo o MPMG, o café de uma das empresas apresentou a presença de 1,83% de cascas e paus, de 7,90% de milho e 0,29% de areia, além de pedras e torrões, em total desacordo com a legislação que rege o setor e impróprio para o consumo.

Além das decisões liminares, o MPMG requereu ainda, ao final do julgamento, que as empresas sejam condenadas a indenizar os danos morais coletivos.

Apesar de parecer algo inofensivo, esse tipo de contaminação por impureza pode matar, uma vez que os mesmos em contato com o organismo podem causar reações diversas, incluindo uma infecção alimentar grave.

Manifestações das empresas

Em nota, as empresas Frohlich, detentora oficial da marca “Café da Roça”, informou que o café apreendido não era de fato o seu e sim um produzido por uma empresa da cidade de Cajuri, que já havia sido proibida judicialmente de utilizar o nome “Da Roça” desde 2018:

“Enfatizamos que nossos cafés passam por um rigoroso processo de qualidade e obedecem às legislações de sanitárias e de pureza. Portanto, não trazem nenhum risco à saúde ou visam lesar o consumidor”

Veja imagem abaixo com a declaração na íntegra:

Nota de esclarecimento da Frohlich, detentora oficial da marca “Café da Roça” (Foto Reprodução/Site Oficial)
Nota de esclarecimento da Frohlich, detentora oficial da marca “Café da Roça” (Foto Reprodução/Site Oficial)
Comparativo entre o café autuado e o café da marca oficial “Café da Roça” (Foto Reprodução/Site Oficial)

Ainda de acordo com o portal G1, ao procurar as manifestações das outras empresas, as mesmas optaram em se manifestar, porém o espaço permanece aberto caso as mesmas queiram expor a sua versão dos fatos.

Situação atual das marcas:

Cafe Fartura – Tradicional: Ao procurar a mesma no mercado, seus produtos estão como indisponíveis na maioria dos sites e mercados tradicionais da região, fora isso, conforme o Portal da Transparência, a empresa consta como INAPTA por omissão de tributos, como podem ver por aqui*

Café Da FeiraExtra Forte: Já a situação do Café da Feira foi algo pontual e a mesma continua sendo vendida normalmente nos principais pontos de vendas locais e e-commerce.

Café da Roça: Como esclarecido acima, a marca original não teve ligação nenhuma com o café autuado pela autarquia, sendo assim, nenhum produto foi afetado de fato. Já a empresa que a marca “Café da Roça” acusa de usar o nome da mesma sem nenhum tipo de autorização, não foi encontrada;

Café Viçosense: Ao procurar a empresa, a mesma consta como permanentemente fechada e seus produtos não foram encontrados em local algum, exceto em seu site oficial que permanece ativo; Veja a imagem abaixo:

Situação da empresa Café Viçorense (Foto Reprodução/Google Maps)

Importância das empresas:

  • Cafe Fartura: Empresa voltada a produção e comercio de Café tipo bebida 100% arábico situada na zona da mata mineira, fundada em 2016. A marca buscou expandir os seus negócios, queremos distribuir para mais regiões outros estados ate mesmo exportar.
  • Café Da Feira: Ativa desde o ano de 2015, Com aroma e sabor marcante, o café acabou conquistando fiéis consumidores da região, conforme exposto pelo perfil oficial da marca nas redes sociais
  • Café da Roça: Uma das marcas mais tradicionais da região sul de Minas Gerais, a marca está ativa desde 1980 entendendo o consumidor que precisa de um produto de qualidade em sua mesa, e pensando assim, a marca investe cada vez mais em equipamento para os processos de torra, moagem e empacotamento automatizados.
  • Café Viçosense – Extra Forte: Ao procurar informações sobre a empresa não foram encontradas datas de fundação, porém o site oficial da empresa consta dicas de como apreciar o café e métodos de preparo.

Qual a diferença do café normal para o café arábica?

O café normal e o café arábica são termos diferentes para designar a mesma espécie de café: Coffea arabica. Portanto, não há diferença entre o café normal e o café arábica em relação à espécie da planta.

Mas, de acordo com o portal Locafé, dentro da espécie Coffea arabica, existem diferentes variedades que podem apresentar distintas características em relação ao sabor, aroma, acidez, corpo e doçura do café. Além disso, a forma como os grãos são cultivados, colhidos, torrados e preparados pode afetar as características do café.

Dessa forma, quando se fala em arábica, geralmente se refere a cafés de alta qualidade, que são cultivados em altitudes mais elevadas, com mais cuidado e atenção aos detalhes, o que resulta em grãos de café com sabores mais refinados e complexos.

Por outro lado, o tipo comercial, também chamado de café comum, geralmente é composto por uma mistura de grãos de diferentes variedades e qualidade, incluindo o arábica e o robusta, e pode ter um sabor mais simples e uniforme.

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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