Renata Vasconcellos paralisa o Jornal Nacional e confirma proibição da Anvisa contra um produto bastante popular
A apresentadora do Jornal Nacional, Renata Vasconcellos, paralisou o jornalístico ao cravar uma notícia de proibição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contra um produto popular.
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Acontece que, conforme apurado pelo TV FOCO, segundo Renata Vasconcellos, em maio, a Anvisa decidiu por unanimidade manter a proibição dos cigarros eletrônicos no Brasil.
A Anvisa decidiu por manter a proibição da importação, fabricação e comercialização dos produtos. Essa medida se deu após uma consulta pública e alerta dos médicos para os riscos à saúde.
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Agência mantém proibição do cigarro eletrônico
- Em maio, houve um dia inteiro de reunião para a decisão da Anvisa;
- Houve a apresentação de 80 vídeos de representantes da sociedade civil;
- Conforme o Jornal Nacional, o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco, Iro Schunke, defendeu a liberação dos cigarros eletrônicos;
- Já a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia, Margareth Dalcolmo, apresentou estudos científicos sobre o alto risco dos cigarros eletrônicos à saúde.
Riscos do cigarro eletrônico
Margareth falou sobre os riscos do produto. “O vício é muito grande e a concentração de nicotina é enorme, e a nicotina é uma substância altamente viciante. Nós sabemos o que eles contêm” começou.
“Então, nós sabemos que há substâncias que são causadoras das chamadas doenças pulmonares crônicas obstrutivas, como há substâncias como benzopireno e outras substâncias que são altamente cancerígenas.”
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“E nos cigarros eletrônicos, em todos esses dispositivos, nós sequer conhecemos a composição das centenas de substâncias químicas, eventualmente metais pesados, dos quais se compõem esses dispositivos”, diz ela.
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No entanto, acaba sendo muito comum encontrar muitos usando vapes, pods e cigarros eletrônicos. Os dados mais recentes mostram que já são quase 3 milhões de usuários no país, a maioria jovens.
Entre os riscos do cigarro eletrônico estão:
- Dependência do nicotino;
- Doenças respiratórias como, bronquite e pneumonia;
- Problemas cardíacos;
- Embora não haja evidências conclusivas, há preocupações de que os cigarros eletrônicos aumentem o risco de câncer;
- Explosões e queimaduras;
- Pode afetar o desenvolvimento cerebral em adolescentes e jovens adultos;
- Pode causar náuseas, vômitos e até mesmo convulsões;
- Riscos para gestantes;
- Interferência com medicamentos;
- Entre outros efeitos que podem ser causados pelo uso contínuo.
Presidente da Anvisa e AMB fala sobre o produto
Antonio Barra Torres, presidente da Anvisa, disse que avaliou o impacto da liberação dos cigarros eletrônicos no mundo e votou para que a proibição seja mantida no Brasil.
“Constitui nosso dever, compromisso com a ciência em respeito à missão da Anvisa. Por fim, concluo que a consulta pública realizada não trouxe fato ou argumento cientifico que alterasse o peso das evidências já ratificadas por esta colegiada anteriormente.“
“Sendo que a regulamentação proposta segue por manter proibida a fabricação, importação, comercialização, distribuição, o armazenamento, o transporte, propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar em adição ao fortalecimento de medidas que versam pelo combate dos dispositivos eletrônicos para fumar supracitas”, justifica Barra Torres.
Após a decisão, a Associação Brasileira da Indústria do Fumo afirmou, em nota, que “a proibição dos cigarros eletrônicos não protegeu os consumidores brasileiros do descontrole do mercado ilegal”.
Dessa forma, a Associação Médica Brasileira ressaltou que é fundamental que a população seja esclarecida dos riscos para a saúde. “É proibir e conscientizar que não se use. Só a proibição não adianta.”
“Então, nós temos, realmente, que ter uma campanha de educação, conscientização na juventude para que não se inicie no cigarro eletrônico e que deixem de fumar”, afirma Ricardo Meirelles, da AMB.
Considerações finais
A Anvisa decidiu por manter a proibição da importação, fabricação e comercialização dos cigarros eletrônicos no Brasil, tendo em vista o grande mal que esse produto causa à saúde.
Como fazer uma denúncia para a Anvisa?
Você pode fazer uma denúncia para a Anvisa assim:
- pelo site da Ouvidoria;
- pelo telefone 0800 64 29782;
- pessoalmente em qualquer unidade da Vigilância Sanitária do seu estado; ou
- pelo aplicativo ‘Fale com a Ouvidoria’.
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