Havia uma certa expectativa do público em torno da reprise de Bebê a Bordo no Canal Viva. A trama de Carlos Lombardi ficou conhecida por abusar da ousadia, com uma trama inovadora para a época (1988/1989) e abordando temas como sexo de uma maneira mais liberal, principalmente para o horário em que foi exibida originalmente (às 19h).
Mas, para decepção do canal pago, a audiência não correspondeu. Bebê a Bordo registra baixos índices na TV paga, tem pouca repercussão nas redes sociais e ainda precisa lidar com algumas críticas do público mais conservador em torno das insinuações sexuais e da mente para lá de aberta dos personagens sobre o tema.
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De acordo com a jornalista Cristina Padiglione, esses problemas fizeram o Viva tomar uma decisão inédita: retalhar a trama. Em seus oito anos de história, o canal sempre fez questão de exibir reprises de novelas da Globo na íntegra, com direito a merchandisings originais da época e até de produtos que nem existem mais.
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Os fãs de Bebê a Bordo, no entanto, vêm perecendo cortes desde o capítulo que foi ao ar na última segunda-feria (30). As evidências surgiram do fato da abertura ter sido exibida apenas no final do primeiro bloco, o sumiço da numeração de capítulos na tela, e erros de edição que vazaram o áudio do “voltamos a apresentar”. Para dar prosseguimento a essa decisão de retalhar os capítulos, o Viva teve que pedir a autorização da Globo, que ficou responsável pela edição.
No início deste ano, em entrevista à própria Padiglione, Lombardi, autor do folhetim, e hoje na Record, já havia afirmado que a trama não se encaixaria mais na televisão brasileira: “Ela seria hoje um bom seriado da Netflix. Se você quer a encarnação atual, seria melhor lá”.
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