Por que O Outro Lado do Paraíso foi um fenômeno de audiência
11/05/2018 às 16h08
Fenômeno de público no horário nobre da Globo, O Outro Lado do Paraíso chega ao fim nesta sexta-feira (11) disputando com Avenida Brasil e Fina Estampa o posto de melhor ibope da década. Mas, afinal, porque uma trama com história simples e repleta de furos e soluções mirabolantes deu tanta audiência?
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Inicialmente, podemos colocar a trama principal, da mocinha Clara (Bianca Bin). É uma clássica história de vingança (baseada em O Conde de Monte Cristo, segundo o próprio Walcyr Carrasco), o que sempre rende bons índices de audiência, assim como aconteceu com Avenida Brasil (2012), onde Nina (Débora Falabella) se vinga da madrasta Carminha (Adriana Esteves).
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Porém, ao contrário do folhetim de João Emanuel Carneiro, O Outro Lado do Paraíso abusou dos furos no roteiro. Neste caso, a audiência pode ser explicada pelo perfil do telespectador que acompanha a novela das nove: 49% é da classe C, e 43% tem mais de 50 anos*. Ou seja: um público que costuma presar mais pelo entretenimento.
Mesmo fugindo da lógica em vários momentos, Carrasco entregou com O Outro Lado do Paraíso o que a audiência das 21h quer ver: uma trama mastigada (que entrega a história sem precisar pensar muito) e cheia de reviravoltas com embate entre vilões e mocinhos.
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*Dados do Ibope de março de 2018.
Autor(a):
Vitor
Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.