Se existe uma coisa que um estudante de jornalismo almeja é reconhecimento. Aliás isso é um desejo de qualquer profissional de todas as áreas. Agora, mais do que ser reconhecido, uma estrutura adequada de trabalho, um bom salário e um bom ambiente para trabalhar. A Rede Globo de Televisão parece que reúne todos esses atributos. E ainda dá um bônus: Visibilidade Nacional. Mesmo assim, para alguns funcionários não é suficiente. Eles querem mais. E sabe o que mais eles querem? Talvez mais liberdade e autonomia no que fala escreve, noticia. O TV Foco destaca alguns casos de jornalistas que pediram demissão e caíram no esquecimento. Esquecimento pelo menos daqueles que assistem somente telejornais. E da Globo. Confira:
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Evaristo Costa é um case de sucesso. Fez com charme, simpatia e credibilidade tudo o que podia na Globo. Entrou para o grupo em 1998 na emissora filial TV Globo Vale do Paraíba e depois migrou para a Globo São Paulo. Trabalhou com Ana Maria Braga em 1999. Participou dos mais importantes jornalísticos da casa: Globo Rural, Bom Dia São Paulo, Bom Dia Brasil, Jornal Nacional e Fantástico. Mas sua graça e sua marca foi no Jornal Hoje, ao lado da também simpática, Sandra Annenberg. Essa dupla alavancava a audiência da tarde, pois tinha sincronia, dinâmica e leveza necessária para apresentar um jornal que vai ao ar a tarde. Não é tarefa fácil conversar com o publico vespertino: sobre Guerra na Síria, queda da economia, corrupção politica. Por isso vez ou outra Evaristo soltava uma piada sobre “mamão”. E Sandra virava meme com sua frase “Que deselegante”. Os dois tinham uma química que funcionava para aquele publico que vem do Globo Esporte e o outro publico que está esperando o Vídeo Show ou a reprise da novela começar (naquela época).
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Eis que um belo dia Evaristo Costa chegou na Globo e disse: Não. E a Globo respondeu: Não o que? E Evaristo completou: Não quero mais trabalhar aqui. A Globo ficou chocada, o publico triste e a TV brasileira sem a dupla Evaristo & Sandra. Evaristo primeiramente fez um ano sabático: descansou. Depois começou a fechar contratos para fazer comerciais com Bancos, Lojas de Eletrodomésticos. Tomou gosto: fez parceira para divulgar filme da Netflix e esse ano, vejam só, até dublou um desenho da Disney, fez a voz do jornalista Chad da franquia Os Incríveis. Muito legal. Além disso Evaristo é o queridinho das redes sociais, tem perfil em quase todos e lida muito bem com seus seguidores. Tem bom humor e entra nas brincadeiras. Mesmo assim aquela tia do Interior que faz crochê depois do almoço sentada na varanda com a tv da sala ligada, não consegue ver mais o Evaristo. Quando será que ele volta para a TV? Será que volta?
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Flávia Freire entrou na Globo em 1998 na Globo Brasilia, logo foi transferida para São Paulo. Fez SPTV, Bom Dia São Paulo, Globo Rural. Depois com seu talento ganhou espaço no Antena Paulista e mais cobriu a licença maternidade de Mariana Ferrão no “Bem Estar”. Foi muito bem. Em 2015 passou a apresentar esporadicamente o Hora Um. Flavia Freire foi casada com o também jornalista da Globo Cesar Trali, mas em 2013 se separaram. Em 2014 assumiu o namoro com o empresario do ramo de vinhos Miguel Roquette, com quem acabou casando. E hoje o casal tem um filho: Matheus.
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Flávia também não se intimidou ao pedir o desligamento da Globo em 2017, após 19 anos de empresa: “Eu queria ter mais qualidade de vida e mais tempo pra família. A rotina na TV é muito pesada e sacrificante. São muitas horas de trabalho, fins de semana e feriados. Meus horários variavam muito e eu nem sempre conseguia passar o o tempo que gostaria com o meu filho”.
Com o filho e marido, Flávia mudou-se para Portugal e abriu uma franquia de clínica de estética: “Sempre achei fascinante o ramo da estética e pensei: por que não fazer algo nessa área? As pessoas estão cada vez mais preocupadas com o bem-estar e a aparência. Esse é um negócio do presente e do futuro”.
Rosana Jatobá ficou conhecida como a “mulher do tempo”, pois apresentava o momento da meteorologia principais jornais da casa: Bom dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal Nacional e Jornal da Globo. Eventualmente substituía os apresentadores do SPTV , Antena Paulista e Jornal Hoje. Entrou na Globo em 2000 e conseguiu emplacar importantes projetos como voltados a questões ambientais. Já que além de ser formada em direito e jornalismo, possui mestrado em Gestão e Tecnologias Ambientais pela Universidade de São Paulo, além de vencer o Prêmio Comunique-se como melhor jornalista de Sustentabilidade em 2013 e 2016. E ainda estudou teatro na Oficina de Atores Nilton Travesso (a mesma que esse redator que lhes escreve estudou). Em 2010, Rosana também apresentou o programa na GNT:” Um Mundo para Chamar de Seu”.
Mas ao que tudo indica Rosana cansou de falar do tempo e de substituir seus colegas. Em 2012 pediu as contas para seus chefes, e ao final do acordo, começou a falar sobre sustentabilidade na Radio Globo e a ancorar Redação Globo, também na rádio.
Agora em outubro de 2018 chegou a fechar contrato com a RedeTV! para apresentar a nova aposta da emissora paulista no começo de suas noites o: “Tricotando”. Porém abandonou o projeto na gravação do segundo piloto alegando que a emissora não cumpriu com o combinado de apresentar um programa que misturasse, entretenimento e informação. No caso tricotando era apenas mais um programa de fofoca. E ela estava certa. No final tricotando ficou sob o comando dos apresentadores: Ligia Mendes, Franklin David e a sensitiva Márcia Fernandes (essa última ao que tudo indica acabou ocupando o lugar vago da Rosana Jatobá).
Nesse caso específico da Rosana talvez seja um “pouco de praga leve” da Globo. Mas só um pouco.
Quem também disse “tchau” para Globo esse ano foi a jornalista Carla Vilhena, após 21 anos de emissora. Carla Vilhena decidiu seguir novos rumos. No jornalismo da Globo, Carla ingressou em 1984 editora de imagens para o Jornal Hoje, depois teve passagens pela Machete e Bandeirantes. Na Globo com exceção do Globo Rural e Globo Repórter fez todos os jornalísticos da empresa. Mas Carla Vilhena era especialista em entrevistar famosos. Entrevistou Zezé di Camargo à Roberto Carlos, além das estrelas internacionais como o ator Willem Dafoe e o diretor Hector Babenco.
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A exemplo do seu colega Evaristo Costa, Carla Vilhena decidiu tomar novos ares. Pediu demissão e foi cuidar do blog que construiu em 2016 e pegou gosto: “Há um ano e meio experimentei algo que me trouxe uma enorme satisfação: a criação de um blog, que virou um site pessoal, onde pude expor um pouco mais de quem sou e do que desejo ser. Tive que, para isso, criar redes sociais para dar suporte e divulgação ao site. Conheci um mundo completamente novo. Me surpreendi, aprendi muito – e gostei. Por isso este e-mail, que não é uma despedida, já que continuarei pertinho de vocês, nesse mundo tornado ervilha pela internet. Meu projeto pessoal precisa ampliar fronteiras e, enquanto for vinculada ao jornalismo, estarei impossibilitada de fazer isso.”
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No caso de Carla Vilhena também não podemos dizer que foi uma “praga” de sua ex-emissora, afinal foram anos de parceria. No final das contas é bom esse espírito aventureiro dessas “estrelas do jornalismo”. A praga fica pra gente, telespectador, que nos acostumamos a ouvir noticias desses talentos e demoramos a nos acostumar com os “novinhos” do telejornalismo global.