Silvio de Abreu, autor de novelas clássicas da teledramaturgia brasileira, como A Próxima Vítima, Rainha da Sucata, Guerra dos Sexos e Torre de Babel, além de Passione e Belíssima hoje ocupa um dos maiores cargos dentro da Globo.
Ele é diretor do núcleo de novelas e séries do canal, sendo que divide a parte das séries com Gloria Perez, que recentemente escreveu A Força do Querer.
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Em entrevista, ele revelou uma grande preocupação com o gênero novela no Brasil e falou da importância de se revelar e lançar novos autores, coisa que ele realmente vem fazendo de quatro anos para cá.
“Se você não tiver quem escreva, também não vai ter quem represente, quem dirija. É muito importante para todos nós ter novos autores. Não só para a Globo, mas para todos que vivem disso”, falou Silvio. “Se a gente não lançar novos autores, a novela acaba”, justifica.
E acrescentou: “Porque a novela não é só algo que dá prestígio para a emissora, ela também dá trabalho para muita gente. E minha preocupação era realmente com o emprego das pessoas”. Nas contas dele, já foram 17 ‘novos’ autores que estrearam nos últimos anos.
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E disse mais: “Isso [revelar novelistas] era uma coisa que me preocupava muito. Era algo que não acontecia há muito tempo e que precisava mudar. Porque quem faz as novelas são os autores. É claro que não sozinhos, tem atores, diretores, colaboradores, mas a semente está no texto”, acrescentou.
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Ele ainda disse que não escreve roteiros nem capítulos de novelas, mas participa bastante de todo o processo: “Eu não escrevo, mas leio, revejo, colaboro. Continuo fazendo o que gosto, que é contar histórias e lidar com pessoas que eu amo. Tenho um grande prazer no que eu faço hoje e, por isso, não sinto falta de escrever uma novela minha. Acho que, quando a gente faz o que gosta, qualquer trabalho é bom”.
Silvio ainda contou que foi contra a escalação de Vivianne Pasmanter para viver a Germana em Novo Mundo. “Nada contra a Vivianne, que é uma excelente atriz, mas achei estranho. Eu pensava que não ia dar certo. E estava completamente errado”, contou o autor.
“O Vinícius Coimbra [diretor artístico de Novo Mundo] insistiu nela e escalou muito bem, porque ela se saiu otimamente no papel. Nessas escolhas a gente precisa respeitar a cabeça do diretor, a cabeça do autor… Eu não sou impositivo, gosto de escutar a opinião das pessoas, estou ali mais para coordenar tudo”, concluiu Silvio.
E mais: “Se você me perguntar: ‘Você nunca mais vai escrever?’, eu não vou saber responder. Porque não planejei estar fazendo o que faço hoje, e também não planejo o que vou fazer amanhã”, disse o novelista, que atualmente é diretor de Dramaturgia da Globo, em entrevista ao Notícias da TV.