Princesa má, morte da rainha e romance entre príncipe e plebeia: a história de Deus Salve o Rei

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Amália (Marina Ruy Barbosa) e Afonso (Romulo Estrela) em Deus Salve o Rei (Foto: Globo/Marília Cabral)

Amália (Marina Ruy Barbosa) e Afonso (Romulo Estrela) em Deus Salve o Rei
(Foto: Globo/Marília Cabral)

Até que ponto uma escolha interfere em nosso destino? Ou será que o que está traçado para cada um supera qualquer tentativa de controlar o rumo dos acontecimentos? Esses são os questionamentos que conduzem a trama de Deus Salve o Rei, nova novela das sete, de Daniel Adjafre, com direção artística de Fabrício Mamberti. Séculos atrás, na região de Cália, os reinos de Montemor e Artena vivem em paz há muito tempo. Até que algumas escolhas de seus monarcas e suas consequências interferem diretamente no curso da história.

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Afonso (Romulo Estrela), príncipe herdeiro de Montemor, é um homem honrado, justo e que, desde criança, foi preparado para, um dia, assumir o trono. Exatamente o oposto de seu irmão caçula, o irresponsável e inconsequente Rodolfo (Johnny Massaro), que só pensa em aproveitar as mordomias de sua vida de príncipe. Os dois são netos da Rainha Crisélia (Rosamaria Murtinho), que está doente e percebe – a cada dia – a urgência de nominar um sucessor para seu reino, que naturalmente seria Afonso, o mais velho.

O reino vizinho, de Artena, é governado pelo rei Augusto (Marco Nanini), um homem sábio e benevolente, que tem em sua filha, a princesa Catarina (Bruna Marquezine), sua sucessora. Mas ela, ao contrário do pai, tem planos ambiciosos para seu reino, e não medirá esforços para conquistar seus objetivos. Com esperança de que um dia as atitudes da filha mudem, Augusto procura um pretendente que consiga frear as rédeas de sua ambição. E encontra no Marquês de Córdona, Istvan (Vinicius Calderoni), o homem ideal. Contra a vontade da filha, ele programa seu noivado.

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Montemor é um reino próspero, rico em minério de ferro, mas onde falta algo essencial para sua subsistência: água. Artena, por outro lado, tem este recurso em abundância. Um acordo vigente há muitos anos entre os dois reinos garante que o minério produzido em Montemor seja fornecido a Artena em troca de sua água. “A linha dramática da novela parte da relação entre dois reinos, que dependem um do outro. Em um determinado momento eles entram em conflito. Partimos do drama para chegar ao humor. Teremos uma mistura de drama, aventura e comédia”, define o diretor artístico Fabrício Mamberti.

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A morte de Crisélia abala perigosamente a paz até então mantida entre os dois reinos. Afonso logo deverá se tornar rei, mas o amor pela plebeia Amália (Marina Ruy Barbosa), de Artena, o faz abdicar do trono, entregando o posto a seu despreparado irmão, o que torna ainda mais delicadas as relações com o reino vizinho. E, neste momento, Catarina tem uma grande oportunidade de colocar em prática seus planos expansionistas. “Temos um príncipe que está abdicando ao trono, que era o destino que estava determinado para ele. Ele faz uma escolha difícil, o que tem inúmeras consequências na vida dele e de seu reino. Muitas surpresas e reviravoltas estão previstas a partir disso ao longo da trama”, adianta o autor Daniel Adjafre.

Como tudo começa

Afonso (Rômulo Estrela), Crisélia (Rosamaria Murtinho) e Rodolfo (Johnny Massaro)
(Foto: Globo/Sergio Zalis)

A rainha Crisélia prepara um grande evento para o dia que pode mudar o destino de Montemor: a inauguração de uma obra extremamente ousada para o período, um aqueduto. A obra promete ser a solução para o problema da água, resolvendo assim a questão da irrigação das colheitas e, por consequência, a subsistência do local.

Diante de toda a população reunida, uma grande expectativa paira no ar. Todos anseiam pelo bem mais precioso, mas o que era esperança, culmina em decepção: o lago que serviria como fonte para Montemor simplesmente secou. O fracasso do projeto é um baque enorme para rainha Crisélia, que já doente, prepara a sucessão do trono para seu neto Afonso (Romulo Estrela).

Em paralelo, no reino de Artena, a princesa Catarina (Bruna Marquezine) vê no fiasco do aqueduto uma possibilidade de um acordo mais vantajoso para seu reino. Augusto (Marco Nanini), no entanto, não pensa em voltar atrás em sua palavra: vai manter o acordo de paz selado há várias décadas.

Atrás de água

Sempre disposto a resolver os problemas do reino, príncipe Afonso (Romulo Estrela) organiza uma expedição atrás de água. “Sabendo de sua condição, Crisélia pede que Afonso assuma o trono assim que voltar. Ela sente que não tem muito tempo e quer que o neto esteja preparado para a sucessão”, conta Rosamaria Murtinho. Um ataque de ladrões, no entanto, muda tudo o que estava planejado. Afonso é atingido por uma flecha e cai quase morto no meio da floresta. Os homens do exército de Montemor o procuram durante algum tempo, mas só acham parte de suas vestimentas. Diante do desaparecimento, o príncipe é dado como morto.

Afonso, entretanto, consegue, com muita dificuldade, chegar a Artena, onde é resgatado por Amália (Marina Ruy Barbosa). “Ela e o irmão estão colhendo frutas e legumes, e Amália literalmente tropeça em Afonso”, relata Marina Ruy Barbosa. A plebeia e seu irmão, Tiago (Vinicius Redd), resgatam Afonso e o levam para casa. Ele acorda sem ter ideia de onde está, confessa que é do reino vizinho, mas não conta que é príncipe e, muito menos, sucessor imediato ao trono. Para Amália, Afonso é um homem comum, um ferreiro.

Enquanto isso…

Crisélia (Rosamaria Murtinho) em cena de Deus Salve o Rei
(Foto: Reprodução/Globo)

A saúde da rainha Crisélia, que já estava frágil, fica ainda pior com a notícia da suposta morte de Afonso. Já não era segredo para ninguém que muito em breve Afonso deveria assumir como rei. Mas agora o trono está destinado a Rodolfo, o neto mais novo de Crisélia, que jamais imaginou a vida como o governante.

Rodolfo é um bon vivant. Não tem ideia dos problemas que afligem Montemor. Só quer saber de suas festas e de quantas mulheres serão convidadas. “Rodolfo foi criado sob a sombra do irmão. Por isso, desenvolveu mecanismos muito próprios para sobreviver, sempre se colocando em primeiro lugar. Ao que tudo indica, não quer ser rei”, analisa Johnny Massaro.

A reação de Rodolfo à suposta morte do irmão é de total pânico. “Mas, aos poucos, quando isso passa a ser sua realidade, ele é rapidamente inebriado pelo poder”, diverte-se Johnny. Ao assumir como rei, no entanto, Rodolfo não deixa de lado as festas e as mulheres. Vive se metendo em confusão e se apaixonando diariamente por uma personagem diferente. E, obviamente, não se preocupa em saber se as escolhidas têm, ou não, marido, namorado ou noivo. “Ele vai se tornando, aos poucos, um tirano muito, muito louco”, adianta o ator.

Em Artena, a notícia da “morte” de Afonso assusta Augusto (Marco Nanini) e incita a ambiciosa Catarina (Bruna Marquezine). Ela acha que o acordo de Montemor com Artena valoriza muito mais o outro reino e acredita que o minério derivado desta combinação deveria ser destinado à criação de armas. “O que existe há muitas décadas não é exatamente uma aliança entre reinos, mas uma amizade entre seus monarcas”, distorce Catarina. A paz começa a ser ameaçada…

Afonso e Amália

Afonso (Rômulo Estrela) e Amália (Marina Ruy Barbosa) em Deus Salve o Rei
(Foto: Globo/Marília Cabral)

Alheio a tudo que sua suposta morte causou, Afonso luta para sobreviver com a ajuda de Amália e sua família. Para acolher o “estranho” em casa, ela convenceu os pais a manter o hóspede em sigilo, já que seu namorado, o possessivo Virgílio (Ricardo Pereira), jamais aceitaria tal situação. Ele é apaixonado por Amália, mas a jovem não sente o mesmo por ele, embora tente manter o relacionamento porque sabe que é do agrado dos pais. “Virgílio é um comerciante de tecidos que tem uma relação morna, mas não imagina perder Amália. Quando isso acontece, começa a viver com sede de vingança”, conta Ricardo Pereira.

O tempo vai passando até que Afonso sente-se um pouco melhor para conseguir voltar a Montemor. Enquanto isso, a cumplicidade e amizade com Amália, que se iniciou por acaso, transforma-se em algo a mais. Ele é decidido, ético, bem-humorado e sabe fazê-la rir. Logo começam a sentir ciúmes, a sentir saudade quando estão sozinhos. Afonso, acostumado a conviver com mulheres nobres e protocolares, se encanta com o jeito às vezes rude e excessivamente espontâneo de Amália. “Amália cuida de Afonso com muita dedicação, e o encantamento entre os dois vai começando a surgir naturalmente. É um amor verdadeiro, genuíno, eles se completam”, descreve Romulo Estrela.

Amália, preocupada com a saúde ainda frágil de Afonso, implora para que ele não siga para Montemor. Sabe dos perigos da floresta e percebe que pode perdê-lo para sempre. Diante do pedido da plebeia, o príncipe percebe a grandiosidade de seu sentimento e se dá conta que o que começou como uma admiração, já virou amor. Com a eminência da separação, Afonso e Amália se beijam. E são flagrados por Virgílio. “Nesse momento, ele passa a nutrir ódio por Afonso”, pontua Ricardo Pereira.

O relacionamento termina de vez, e Amália fica extremamente magoada pela forma como isso acontece. Ao mesmo tempo, Afonso precisa partir. E ainda sem contar a verdade sobre seu posto em Montemor.

Autor(a):

Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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