Procon passa por cima da ANVISA e executa intervenção contra 3 marcas de azeites populares em região brasileira e situação escandalosa vem à tona
Como sempre frisamos em matérias sobre a ANVISA, a autarquia possui uma importância inestimável para o país. Afinal de contas, é ela quem fiscaliza e garante que os produtos que compramos em supermercados, lojas, feiras e afins estejam de fato aptos para o nosso consumo, ainda mais quando os mesmos fazem parte do setor alimentício.
Mas as vezes, outras autarquias com a mesma função fiscalizadora acabam tomando à frente diante dos perigos eminentes. Como ocorreu na região de Juiz de Fora, na última sexta feira (23), quando o Procon da Prefeitura de Juiz de Fora realizou a apreensão de 3 marcas de azeite após as mesmas apresentarem riscos fatais.
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De acordo com o portal Tribuna de Minas foram recolhidos 1.152 litros do produto em mais dois estabelecimentos da cidade. Essa ação, que ocorre desde o dia 16, foi solicitada pela Polícia Federal juntamente com o Ministério da Agricultura. Inclusive, mais de 1.300 litros do produto também foram recolhidos, conforme também iremos falar no discorrer desta matéria.
3 marcas apreendidas
Segundo a PJF, foram apreendidos 1.111,50 litros de azeite da marca Esmeralda, 14,5 litros da marca Vale dos Vinhedos e 26 litros da marca Campo das Oliveiras. Entre as irregularidades, a equipe de fiscalização encontrou divergências no registro do produto e falta de informações nos rótulos.
Como já mencionamos anteriormente, esse tipo de irregularidade pode apresentar sérios riscos à saúde do consumidor, De acordo com o Tribuna Online, especialistas afirmam que o consumo de azeite ilegal ou feito de forma irregular podem representar uma contaminação, cuja qual tem grandes chances de causar uma intoxicação e até mesmo levar à morte.
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Segundo declarações feitas pelo doutor em Ciências, Rodrigo Scherer, o que mais preocupa em casos de azeites falsificados ou adulterados, é que os mesmos fazem uso de outro tipo de óleo, mais em conta, para baratear o produto. Não se sabe o tipo de óleo, sua origem, qualidade, como foi extraído, se foi feito de maneira caseira, o que apresenta “Um perigo enorme”.
Outra preocupação é com a mistura de produtos tóxicos, como solvente, com a finalidade de criar soluções homogêneas. De acordo com a doutora em farmácia, Marina Rocha, o processo de falsificação ainda é mais problemático, visto que as garrafas podem estar contaminadas.
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Até mesmo a mistura com óleo de soja pode ser prejudicial, pois contém ômega 6, que tem ação inflamatória.
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Todo o material apreendido será encaminhado para análise do Ministério da Agricultura.
Posicionamentos das empresas:
Ao procurar as manifestações oficiais das marcas ou notas expondo o parecer das marcas, as mesmas não foram encontradas. Lembrando que o espaço permanece aberto, caso as mesmas queiram expor a sua versão dos fatos.
Lembrando que os produtos originais das marcas mencionadas, cujos quais não apresentaram tal adulteração, não sofreram punição e permanecem sendo comercializados normalmente.
- Azeite Esmeralda: O azeite original é importado da Argentina e tem 0,5% de acidez. É produzido através de métodos mecânicos que preservam as suas propriedades naturais e é obtido da primeira prensagem das azeitonas. Segundo apurações, que não apresentaram a irregularidade mencionada continuam sendo vendidos.
- Azeite Vale dos Vinhedos: Segundo apurações, o mesmo não está sendo mais encontrado com facilidade, inclusive um vídeo publicado no Tik Tok, em maio de 2024, denunciou que o mesmo como falsificado e não puro, como podem ver por aqui*
- Azeite Campos das Oliveiras: Segundo apurações, o mesmo também não consegue ser encontrado com tanta facilidade e permanece com o status de indisponível na maioria dos sites de e-commerce e lojas oficiais.
Outros casos
Como dito acima, essa ação que está sendo executada desde o dia 16, já apreendeu em outra ocasião cerca de 1.343 litros de azeite de oliva com indícios de falsificação, o que tornou tudo ainda mais escândaloso, em outros três estabelecimentos comerciais de Juiz de Fora.
No estabelecimento Eficaz Distribuidora, no Centro, foram apreendidos 805 litros de azeite da marca Monte Verde e 135 litros da marca Grego Santorini.
De acordo com o G1, ao tentar fazer contato com a distribuidora, a mesma informou que a compra dos produtos foi realizada sem o conhecimento de que poderiam estar alterados, e que assim que foram informados: “suspenderam as vendas e aguardam a análise para saber se o azeite é alterado”.
Já no Comilândia, da Rua Santa Rita, também no Centro, foram recolhidos 135,50 litros da marca Monte Verde e 15,50 litros da marca Foro de Galícia. Na unidade da empresa no Manoel Honório foram encontrados 17,50 litros da marca Grego Santorini e 234,50 litros da marca Monte Verde.
Conforme o Procon, a fiscalização também encontrou irregularidades como divergências no registro do produto e falta de informações nos rótulos.
Ao tentar contato com a Comilândia a mesma não se manifestou, até então, porém da mesma forma que para as demais, o espaço permanece aberto caso ela queira expor a sua versão dos fatos.
Todo o material apreendido foi encaminhado para análise do Ministério da Agricultura.
LEMBRANDO QUE EM CASOS DE FALSIFICAÇÃO, AS EMPRESAS DETENTORAS DAS MARCAS ORIGINAIS NÃO TEM RESPONSABILIDADE ALGUMA SOBRE O PRODUTO COMERCIALIZADO NESTAS CONDIÇÕES E AINDA PODEM DENUNCIAR E PROCESSAR OS RESPONSÁVEIS QUE USAM O NOME PATENTIADO PELAS MESMAS DE FORMA ILEGAL.
Como denunciar irregularidades dos produtos falsificados/adulterados?
Segundo o Procon, caso o consumidor encontre irregularidades ou identifique a falsificação nos produtos eles podem denunciar através dos telefones:
- (32) 3690-7610;
- (32) 3690-7611;
- WhatsApp: (32) 98463-2687