“Difícil decisão”: O encerramento de produções de celular da Samsung em país e comunicado oficial da empresa

Samsung encerrou as suas produções de celulares em país e comunicado oficial da varejista foi emitido

O ano era 2019, um ano antes de estourar a pior pandemia no mundo, quando a Samsung decidiu encerrar as produções de seus celulares em um país após não resistir a forte concorrência que havia ali na época.

De acordo com o portal Tudo Celular.com, o país em questão era a China. Após ver sua participação cair em  1% na China, a Samsung anunciou na semana do dia 02 de outubro de 2019, o fechamento da sua última fábrica de celulares no país.

A empresa afirmou, à época, que estava  sendo prejudicada pela “intensificação” da concorrência com a Huawei e outras fabricantes locais.

Samsung encerrou sua produção na china por não suportar a concorrência (Foto Reprodução/Internet)

Não foi a primeira vez

Vale dizer que essa não foi a primeira vez que ocorreu, no fim do ano de 2018  a Samsung fechou sua primeira fábrica e até mesmo chegou a cortar a produção na unidade de Huizhou, cuja qual causou demissões voluntárias dos seus antigos funcionários que ali trabalhavam.

Com o encolhimento da sua divisão mobile chinesa, a melhor escolha para Samsung foi encerrar definitivamente a sua produção local.

Analistas de mercado afirmaram que a movimentação da companhia já era de se esperar.

Isso porque a Samsung nunca negou que sempre teve dificuldade de concorrer com fabricantes chinesas que até hoje, oferecem produtos pensados para o público local e com um preço extremamente competitivo.

Comunicado Oficial

De acordo com um comunicado oficial  feito pela empresa e divulgado pela Reuters, a Samsung afirmou que tomou essa:“Difícil decisão para aumentar a sua eficiência”.

Além disso, a empresa visou reaproveitar os equipamentos da sua última fábrica chinesa em outras linhas de produção. Sendo assim o equipamento de produção foi realocado para outros locais de fabricação globais.

Como a fabricante disse mesmo na época, tudo foi pensado na: “Estratégia de produção e com base nas necessidades do mercado”.

De acordo com a Samsung essa decisão foi estratégica (Foto Reprodução/Internet)

Quando questionada sobre a quantidade de funcionários que seriam dispensados, a sul-coreana não quis se manifestar sobre o assunto.

Mesmo assim, levando em consideração o contexto de guerra comercial entre China e Estados Unidos, que perpetua até então, a Samsung seguiu o movimento que estavam sendo tomados por outras empresas.

Isso porque a fábrica chinesa até poderia ser aproveitada para a produção de dispositivos para outros países, mas, segundo a própria Samsung: “Estava sendo mais “lucrativo” transferir essa capacidade para locais “de baixo custo”.

De acordo com o Tecnoblog, a Samsung, está agora produzindo smartphones principalmente nas fábricas que possui na Índia e Vietnã.

Como mencionamos, equipamentos usados nas linhas de produção chinesas chegaram a ser transferidos para essas unidades.

Como ficou a Samsung após encerrar produções na china?

De acordo com o portal Tudo Celular, após encerrar suas produções de celulares na china, a Samsung, além de diminuir sua dependência da China, ela voltou a produzir muitos semicondutores* na Coreia do Sul no ano de 2022.

*Os semicondutores são materiais utilizados para a condução de correntes elétricas, a matéria-prima para a produção dos chips que integram os mais diversos aparelhos eletrônicos usados em nosso dia a dia, como automóveis, smartphones, televisores, videogames e computadores

Samsung voltou a produzir muitos semicondutores* na Coreia do Sul no ano de 2022 (Foto Reprodução/Internet)

Esse aumento de produção chega a 20%, sendo que o reinvestimento em seu próprio país garante mais segurança no fornecimento de chips.

Vale dizer que essa pulverização da capacidade de produção da Samsung também é importante para o mercado global de semicondutores, uma vez que o setor deixa de ser dependente de um único país.

A mudança de posicionamento da coreana também tem beneficiado a América Latina, uma vez que o México está na mira para expandir a produção de eletrodomésticos da marca.