O figurino de “Velho Chico” foi e ainda é, um dos principais alvos de críticas do público, e apontado como um dos problemas de audiência da atual novela das 21h da Globo. Muitos alegam que as vestimentas da maioria dos personagens não fazem referência à época e ao local em que o folhetim é ambientado. O Coronel Afrânio, personagem de Antônio Fagundes, é um dos principais alvos, pelo seu visual excêntrico, com direito a peruca.
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Em entrevista ao portal “UOL”, a figurinista da trama, Thanara Schonardie, minimiza as críticas e diz que a reação do público era esperada. “A novela abrange um público muito diversificado, é natural que uma proposta de figurino contemporâneo que, por exemplo, abre mão do uso de calça jeans cause estranhamento no espectador”, disse.
O conceito foi implantado pelo diretor Luiz Fernando Carvalho, que pretendia trazer “uma análise profunda dos potenciais arquetípicos de cada personagem”. “A dramaturgia tem responsabilidade de formação social e cumpre seu papel quando eleva o nível cultural através da reflexão. O figurino contribui com esse movimento ao se distanciar de regras e convenções estéticas, mostrando que o modo de vestir é determinante na forma como o indivíduo se posiciona no mundo. Ele deve revelar suas memórias, maneira de pensar e agir, ao invés de simplesmente reproduzir uma imagem pronta”, opinou.
Vale lembrar que o tão contestado visual de Afrânio será enfim alterado nos últimos capítulos da trama, quando o personagem aparecerá sem a peruca.
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