Programa de Luiz Bacci estreia com sensacionalismo e apelação na Band

O programa não mostrou novidades na estreia

O tão aguardado programa de Luiz Bacci na Band, o “Tá na Tela”, estreou nesta segunda-feira (04) e surpreendeu a todos, porém, não positivamente. A atração passou de entretenimento, como projeto inicial, para mais um programa apenas sensacionalista, apostando em apelação para conseguir audiência.

Se por um lado, o “Domingo Show” do Geraldo Luis aposta em musicais e games para compensar as matérias bizarras, o “Tá na Tela” não teve nem isso e apostou em dez crimes diferentes em menos de uma hora, iniciando matérias e, sem concluí-las, dando início a outras em curtos tempo, confundindo o público.

O programa apostou em espiritismo

O apresentador pouco interagiu com a pequena plateia, que não estava nem um pouco animada com as matérias. O público de casa notou uma mistura de programas como o “Cidade Alerta”, “Brasil Urgente”, “Domingo Show” e “Balanço Geral”, misturando sangue com reportagens bizarras, típicas da Record.

O programa começou anunciando uma entrevista com MC Bill, principal suspeito de ter atirado em MC Daleste, porém, no meio de tantas outras matérias, a entrevista acabou não sendo exibida, ficando apenas para o programa de amanhã. Os CGs (gerador de caracteres) eram alterados a todo momento.

Anunciando inúmeras coisas, o apresentador tentava explicá-las prometendo que seriam exibidos “daqui a pouco”, uma forma de enrolar o telespectador, mantendo-os em frente à TV. Luiz Bacci ainda entrevistou um médium chamado João de Deus. Ele levou ao ar cenas fortes da cirurgia sem anestesia.

Em uma dessas cirurgias, o curandeiro goiano cortava as costas de uma caminhoneira que sofria com dores no local. Foi ao ar também uma reportagem sobre Hilda Valentim, conhecida como “Hilda Furacão”, mostrando como vive a ex-prostituta em Buenos Aires, a mesma matéria que foi ao ar ontem na Globo.

A edição de ontem do “Fantástico” levou ao ar uma entrevista com Hilda. O apresentador não gostou nada disso e reclamou ao vivo, dando a entender que o dominical havia copiado a reportagem do “Tá na Tela”. O programa também deixou a desejar na audiência e tudo isso não foi suficiente para elevar os índices.

A emissora registrou 2.8 pontos de média no horário, como já informado, o mesmo que costumava marcar nas semanas anteriores. Segundo os dados preliminares,  a Record venceu com 3,7, SBT ficou na vice-liderança com 4,9 e Globo continuou líder absoluta no horário, marcando 10,6 pontos.