A atriz Aparecida Petrowky fez apenas uma novela na Globo: Viver a Vida, em 2009, em que era irmã da protagonista Helena, de Taís Araújo. Depois disso, ela simplesmente desapareceu da TV. Mas não por vontade própria.
Hoje, para se sustentar, ela trabalha como fisioterapeuta e lamenta a falta de espaço para negros em sua profissão. “Só dizem que é uma questão de perfil”, conta, sobre a falta de trabalho na TV.
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Fisioterapeuta, ela revela: “Tenho meus pacientes fixos, de longa data. Não parei de trabalhar, nem quando fazia novela. A gente tem que pagar as contas, o país está muito complicado, muito difícil. Não pode ficar esperando [uma oportunidade na TV]. Meu trabalho da fisioterapia é o meu sustento, graças a Deus. E a arte vai permanecer dentro de mim, não vejo atuar como uma questão tão financeira”.
Vale dizer que Aparecida já era formada, com pós-graduação, em fisioterapia e em shiatsu antes mesmo de estrear como atriz na novela de Manoel Carlos. Sua personagem, Sandrinha, não emplacou e perdeu importância na trama.
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E acrescentou: “Muita gente me pergunta por que não fiz mais novela, eu também me pergunto. Não sei, falta convite. Já fui várias vezes à Globo, estou disponível, sempre estive. Já procurei saber [o que acontece], mas a princípio ninguém me deu uma resposta objetiva. Só dizem que é questão de perfil”.
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“Mas eu trabalho em teatro há muitos anos, fiz [o renomado curso] Tablado, morei fora do Brasil, estudei Cinema. Poxa, será que não tem uma personagem que eu possa fazer, em qualquer situação? Quero trabalhar”, desabafa Aparecida, que depois da novela apareceu no canal em apenas uma produção, Chico e Amigos, em 2011.
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Ela acredita no preconceito e conta que não consegue nem encontrar um empresário, porque os agentes artísticos lhe falam que já possuem profissionais negros em seus elencos, como se houvesse uma cota para isso. “Fica muito difícil eu tentar vender a mim mesma [para produtores de elenco]. Eu tenho buscado e realmente as portas têm sido fechadas pra mim”.
Mas conta que não pretende parar de sonhar em ser atriz: “Desde que comecei até agora, estou sempre em busca de aprender, explorar, me realizar. Meu grande sonho é me sentir realizada profissionalmente como atriz. Tenho foco no objetivo de continuar com a carreira. Vejo a atuação como arte, prazer, vontade. Não vou parar nunca”, declara.
Vale dizer que nos últimos anos ela fez dois filmes: Carta ao Destinatário (2016) e Mangoré – Por Amor al Arte (2015), uma coprodução entre Paraguai e Argentina, em que teve que falar em espanhol o tempo todo.
Com informações do Notícias da TV.