Quatro desafios para a Record consolidar sua marca

27/09/2016 às 21h48

Por: Danyllo Junior
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Foto: divulgação.
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A consolidação de uma marca pressupõe um leque de características que diferencia em termos de qualidade uma empresa de outra. No universo da televisão brasileira, as emissoras empenham-se em buscar prestígio junto ao mercado e aos telespectadores. Nesse sentido, em edição especial, esta coluna elencou quatro desafios para a Record consolidar sua marca.

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1 Parar de querer ser a Globo

Embora não seja um assunto nada novo, torna-se sempre válido destacar a nítida posição da Record em relação aos moldes globais. Após tantas discussões nessa perspectiva, clarifica a ideia de que os executivos da emissora da Barra Funda necessitam ampliar os horizontes e deixar de seguir ou de querer imitar os atributos da concorrente.

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2 Reforçar sua identidade própria

Como consequência do ponto anterior, após desvincular-se gradativamente da ideia de querer ser a Globo, faz-se essencial o reforço de sua identidade própria. Nos últimos anos a Record tem tomado medidas nessa direção e apostado cada vez mais em produtos diferentes dos globais (algo bem positivo), tais como o caminho religioso (no sentido de atrações bíblicas) e os produtos envolvendo a culinária.

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Xuxa em seu programa de estreia na Record (Foto: Blad Meneghel)

Xuxa deixou escapar restrições em sua estreia na Record (Foto: Divulgação/Blad Meneghel)

3 Deixar de ser influenciada por religião

Apesar de negar veementemente que a religião de seu dono influencia a exploração de determinados assuntos em atrações, percebe-se em vários momentos divergências do que é falado para o que é visto. De forma exemplificativa, Xuxa foi para a emissora afirmando que teria liberdade absoluta, inclusive no tocante ao tema religião. No entanto, na própria estreia deixou claras restrições quando entre risos disse a palavra “amém” e logo depois afirmou que a direção recomendou que ela evitasse. Tal influência acaba fragilizando as atrações.

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4 Valorizar mais seus artistas

É notório que a Record é um dos canais que mais perdem oportunidades de valorizar seus artistas. Ao contrário de outras emissoras, a Record pouco explora a vida (pessoal e/ou profissional) de suas estrelas, como os levando em quantidades adequadas às suas atrações. O resultado disso é a famosa expressão “morreu ou tá na Record?!”. O público precisa ver mais o artista em distintas situações, especialmente os atores, para que o conhecimento e a empatia sejam possíveis e o artista passe a ser um atrativo da emissora.

63 anos de Record

A Record entrou no ar no dia 27 de setembro de 1953, às 20 horas. A inauguração da emissora deu-se com a apresentação de um programa musical de Sandra Amaral e Hélio Ansaldo. Hoje, a Record comemora seus 63 anos de história. Nesse contexto, as reflexões supramencionadas são válidas para que decisões mais coerentes sejam tomadas e que a emissora mais antiga do país faça jus ao seu crescimento substancial nos últimos tempos e siga trilhando caminhos que fortaleçam a democracia televisiva.

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As opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do TV Foco

Ligado na TV - Danyllo

 

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Xuxa

Autor(a):

Escreve artigos de opinião sobre televisão desde 2009. Enfermeiro, Mestrando da UFRN, autor de livro - Morte Gêmea - e contos, e apaixonado pelos afins da televisão. Integra a equipe do TV Foco/iG desde maio de 2013, assinando atualmente a coluna semanal ‘Ligado na TV’, na qual lança seu olhar sobre o curioso universo televisivo. (e-mail: [email protected])

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