Um banco gigante teve sua falência decretada.
Em 2005, um marco significativo abalou o setor financeiro brasileiro quando o Banco Santos, uma das instituições bancárias mais antigas e respeitadas do país, declarou falência, deixando uma dívida colossal que ultrapassava os 3 BILHÕES de reais.
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A decisão de declarar a falência foi tomada pelo juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.
Essa medida não apenas abrangeu o Banco Santos, mas também suas empresas afiliadas, incluindo a Santos Seguradora, Santos Companhia de Valores e Valor Capitalização.
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O motivo por trás dessa ação drástica foi uma série de irregularidades e alegações de má conduta que levaram à insolvência da instituição financeira.
A própria massa falida do Banco Santos solicitou a falência como uma estratégia para encerrar o processo de maneira ordenada e garantir que os credores fossem atendidos da melhor maneira possível.
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Além disso, um leilão de ativos pertencentes à massa falida foi realizado em setembro de 2020 como parte do processo de liquidação.
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O Banco Santos era controlado por Edemar Cid Ferreira, um dos banqueiros mais proeminentes do Brasil na época e considerado um dos mais ricos.
No entanto, após o colapso do banco, Ferreira enfrentou sérias acusações de má gestão e fraude financeira, o que o levou à prisão. Embora tenha sido condenado em primeira instância, essa sentença foi posteriormente anulada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
Nove anos após os acontecimentos, em 2015, a Justiça Federal anulou a fase de interrogatórios no caso de Edemar pela gestão fraudulenta no Banco Santos.
A sentença que havia sido proferida anteriormente foi revogada, e os desembargadores determinaram que a fase de interrogatórios deveria ser realizada novamente, reiniciando assim o processo judicial relacionado ao caso.
O ex-controlador do banco foi detido em duas ocasiões. Na mais longa delas, ele permaneceu recluso por um período de três meses no presídio de segurança máxima de Tremembé, localizado no interior do estado de São Paulo.
Como anda Edemar Cid Ferreira
Atualmente, Edemar Cid Ferreira, que já ostentou o título de uma das pessoas mais ricas do Brasil, reside em um modesto apartamento alugado em São Paulo. Ele perdeu todos os seus bens, que foram leiloados rapidamente para compensar os credores.
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Dependendo financeiramente de seus três filhos, a estratégia da defesa visa recuperar uma porção dos ativos que foram confiscados pela Justiça, com a finalidade de quitar as dívidas do Banco Santos com seus credores.
Segundo Edemar Cid Ferreira, ele acredita que existe a possibilidade de recuperar cerca de R$ 12 bilhões desses ativos. Esta é uma parte crucial do esforço para reverter a situação financeira decorrente da falência do Banco Santos.
Enquanto aguarda a recuperação dos ativos que afirma ter direito, Edemar está se preparando para uma nova tentativa de obter recursos relacionados ao encerramento do antigo Banco Santos.
Nos próximos meses, ele planeja entrar com um processo de pedido de indenização contra o Banco Central, alegando irregularidades no processo de declaração de falência do Banco Santos. Este movimento legal faz parte de seus esforços contínuos para lidar com as consequências da falência do banco.
Porque um banco quebra?
Os riscos enfrentados por um banco podem ser divididos em quatro categorias principais: crédito, operacional, mercado e liquidez. A atual crise econômica está sendo impulsionada principalmente pelos riscos de crédito e liquidez, que são o foco de nossa discussão hoje.
Essa turbulência começou a se manifestar no ano passado, quando a inflação se tornou uma preocupação global. Desde então, esses dois fatores têm desempenhado um papel significativo nos desafios econômicos que o mundo enfrenta.
Fonte: Estadão.