R$443M, 200 lojas e até academia: Gigante faz compra colossal de 3° maior shopping de Salvador, BA

Gigante investe R$ 443M para comprar 3° maior shopping de Salvador, incluindo 200 lojas e academia. Saiba mais

Uma transação significativa ocorrida no ano anterior se destacou no segmento de shopping centers. Movimentações de capital envolvendo grandes empreendimentos comerciais frequentemente alteram o panorama de investimentos e participações no setor.

A partir de informações divulgadas pelo portal “Correio 24 Horas”, a equipe do TV Foco, especializada em economia e negócios, traz agora mais detalhes sobre o assunto.

Detalhes da transação milionária

Em maio de 2024, a JHSF efetivou a venda de participações em quatro de seus shoppings, uma operação que resultou em uma injeção de R$ 443 milhões no caixa da companhia. A compradora foi o XP Malls, fundo de investimento especializado em shoppings, gerido pela XP.

Nesse sentido, a negociação foi comunicada oficialmente pela JHSF (BOV:JHSF3) em meados de maio daquele ano, marcando um passo importante em sua estratégia financeira.

Foco no gigante de Salvador

Um dos ativos centrais da transação foi a alienação de aproximadamente 14,31% do Shopping Bela Vista, localizado em Salvador, Bahia. Este empreendimento é notável por ser o terceiro maior centro de compras da capital baiana.

Inaugurado em 2012, o Shopping Bela Vista é um polo comercial e de serviços consolidado, contando com mais de 200 lojas.

Além disso, oferece restaurantes variados, um Centro Médico, supermercado, academia, posto do SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) e ainda três mil vagas de estacionamento para maior comodidade.

Outros ativos envolvidos

Além do empreendimento baiano, a transação abrangeu outras participações importantes da JHSF. Incluíram-se 8% da Expansão III do Catarina Fashion Outlet.

Ademais, foram negociados 32,5% do Shops Faria Lima (SFL) e 22,01% do Shopping Ponta Negra (SPN), este último situado em Manaus, diversificando o alcance geográfico da operação.

Estratégia corporativa e condições

Conforme comunicado pela JHSF na época, a operação estava alinhada à estratégia da empresa. Esta estratégia foca em desenvolver, operar e reciclar partes minoritárias de ativos de renda recorrente, buscando otimizar o equilíbrio entre crescimento e rentabilidade.

A finalização do negócio estava sujeita à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), bem como a outras condições precedentes comuns em transações dessa magnitude.

Desempenho financeiro do grupo JHSF

Sob a gestão de Augusto Martins, que assumiu no início de 2024, a JHSF apresentou um desempenho financeiro robusto naquele ano. A meta de aumentar a participação da receita recorrente foi um foco central.

Segundo o portal ‘NeoFeed’, a companhia ultrapassou R$ 1,1 bilhão em receita recorrente em 2024, um crescimento de 21,3% sobre 2023. Esse valor passou a representar 64% do faturamento total de R$ 1,74 bilhão, aproximando-se da meta de 70% estabelecida para 2029.

Qual foi o impacto financeiro geral para o grupo em 2024?

O Ebtida anual consolidado da JHSF alcançou R$ 1,28 bilhão em 2024, registrando um crescimento de 32% em relação a 2023. Este indicador reflete a performance operacional da empresa.

Ademais, o lucro líquido anual atingiu R$ 861,5 milhões, representando um aumento expressivo de 73% sobre o ano anterior, enquanto o lucro associado à renda recorrente cresceu 128%, para R$ 668,4 milhões.

Dessa maneira, a transação de R$ 443 milhões envolveu um portfólio diversificado, incluindo participações em:

• Shopping Bela Vista (Salvador)
• Expansão III do Catarina Fashion Outlet
• Shops Faria Lima (São Paulo)
• Shopping Ponta Negra (Manaus)

Considerações finais

Portanto, a venda ocorrida em maio de 2024 representou um movimento estratégico relevante para a JHSF, resultando em um aporte de capital significativo e no realinhamento de seu portfólio de ativos.

Por fim, a empresa segue comunicando ao mercado informações sobre seus negócios e estratégias futuras.