Empresa de cosméticos gigante, rival do Boticário, se afunda em dívidas e tem falência declarada em 2024
O setor de cosméticos foi abalado por uma notícia surpreendente. Uma das principais marcas rivais do Boticário enfrentou um colapso financeiro e teve a sua falência decretada.
Acontece que, a Avon, deu um passo drástico em 2024 ao solicitar falência nos Estados Unidos, visando reorganizar suas finanças e lidar com as graves consequências de ações judiciais em andamento.
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Conforme apurado pelo TV FOCO, segundo o ‘G1’, a Avon Products, subsidiária não operacional da Natura pra o controle da Avon em outros países, entrou com pedido contra falência nos Estados Unidos.
Resumo
- A Avon tomou a decisão drástica de solicitar proteção contra falência agora em 2024;
- O pedido tem como objetivo reorganizar suas finanças e enfrentar ações judiciais em andamento;
- De acordo com as informações, a Avon Products, subsidiária da Natura responsável pelo controle da marca em outros países, entrou com o pedido de falência nos Estados Unidos.
Avon afunda em dívidas e pede proteção contra a falência
De acordo com o portal G1, no dia 13 de agosto, a Avon enfrenta uma crise financeira causada por dívidas e recorreu ao pedido de proteção contra a falência para obter proteção contra seus credores.
A medida é crucial para que a Avon Products elabore um plano de reestruturação financeira, visando prevenir uma possível falência no futuro.
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O processo ocorrerá por meio do Chapter 11 (Capítulo 11), um dispositivo da legislação norte-americana equivalente à recuperação judicial no Brasil.
Em nota, a Natura, grande rival do Boticário e, maior credora da marca de beleza, concordou em financiar até US$ 43 milhões em custos com o processo de recuperação judicial.
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A empresa enfrentava uma série de processos judiciais alegando que o talco utilizado em alguns de seus produtos poderia ser cancerígeno.
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Ao solicitar proteção contra credores no estado de Delaware, a Avon declarou possuir dívidas estimadas entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões.
“Assim, (a Natura) pretende apoiar as atividades da Avon ao longo do processo de reestruturação. Comprometendo-se a fornecer um financiamento de US$ 43 milhões na modalidade DIP e a fazer uma oferta de US$ 125 milhões para adquirir as operações da Avon fora dos Estados Unidos”, disse o grupo.
Dívida milionária
Com o pedido de proteção pelo Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, as dívidas da Avon serão suspensas por um período determinado pela Justiça.
Durante esse intervalo, os credores ficam impedidos de cobrar os valores devidos. Assim, permitindo que a empresa mantenha suas operações e ganhe mais tempo para reestruturar suas finanças.
O Grupo Natura, por sua vez, anunciou nesta segunda-feira um prejuízo líquido de R$ 859 milhões no segundo trimestre deste ano.
Segundo a empresa, esse resultado reflete a contabilização de R$ 725 milhões relacionados à “reestruturação voluntária da API”.
A Natura explicou que essa reestruturação tornou improvável continuar reconhecendo os ganhos obtidos com a otimização da estrutura corporativa da Avon, contabilizados no segundo trimestre de 2021.
Dessa forma, destacando uma dívida astronômica de cerca de R$ 132 milhões.
O pedido contra falência nos EUA afeta a Avon no Brasil?
O comunicado do Grupo Natura destacou que o pedido de recuperação judicial da Avon Products não terá impacto nas operações fora dos Estados Unidos, incluindo o Brasil.
“Isso inclui as operações nos mercados da América Latina, onde a marca Avon é distribuída pela Natura e a integração das duas marcas continua a apresentar um progresso constante”, disse o comunicado.
Avon
A Avon foi fundada em 1886 por David H. McConnell nos Estados Unidos. Inicialmente chamada de California Perfume Company, a empresa começou como um negócio de vendas diretas de perfumes.
A gigante possui uma grande relevância no mercado global de beleza e cosméticos. Não apenas como uma marca de produtos, mas também como um símbolo de empreendedorismo e inovação.
Com uma atuação em mais de 100 países, a Avon consolidou sua marca como uma das maiores distribuidoras de cosméticos do mundo.
Considerações finais
Apesar de tentar se reestruturar, a combinação de dívidas bilionárias e ações legais da Avon resultou em um pedido de falência nos Estados Unidos, sob o Capítulo 11 da Lei de Falências.
A Natura, maior credora da Avon, também anunciou medidas financeiras significativas para sustentar a marca durante a reestruturação.
Por outro lado, o prejuízo líquido de R$ 859 milhões reportado pela Natura no segundo trimestre de 2024 reflete os desafios enfrentados pela integração de suas subsidiárias e pela crise da Avon.
Qual a diferença entre falência e recuperação judicial?
Conforme o portal ‘Vem Pra Dome’, ambos os institutos visam a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento.
No caso da recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação e o negócio acaba fechando as portas.
A recuperação judicial visa manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa pague as suas dívidas. Na outra, ocorre o encerramento do negócio, sendo considerado irrecuperável.
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