Veja todos os detalhes sobre o fim de um banco gigantesco que acabou sendo comprado pelo Bradesco por cerca de R$ 1,7 bilhão
Durante décadas, o Bradesco construiu seu império com aquisições estratégicas e movimentos silenciosos, se consolidando como um dos maiores bancos do país.
Já o Rio de Janeiro, que por muito tempo teve seu próprio gigante financeiro, conforme apurado pelo TV FOCO, viu uma parte importante da sua história chegar ao fim.
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De acordo com a ‘Wikipédia’, a compra do Banco do Estado do Rio de Janeiro (BERJ) marcou uma verdadeira uma transação bilionária e o encerramento de um capítulo que começou ainda nos anos 1950.
O Bradesco oficializou, por R$ 1,7 bilhão, a aquisição da instituição que já foi o banco nº1 do estado fluminense, em uma das maiores transações do setor bancário no Brasil nos últimos tempos.

O fim do Banco do Estado do Rio de Janeiro
Fundado em 1950 pelo então governador Edmundo de Macedo Soares e Silva, o BERJ nasceu com o propósito de ser o braço financeiro do governo fluminense, atuando como agente arrecadador e pagador do Estado.
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Sua trajetória incluiu a fusão com o Banco do Estado da Guanabara, em 1975, quando surgiu o BANERJ, resultado da união entre o antigo BERJ e o BEG, após a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro.
A história do BERJ, no entanto, continuou mesmo depois disso. Ele permaneceu como uma estrutura paralela, mantendo funções específicas como o pagamento de servidores ativos, inativos e pensionistas do Estado.
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Com uma capilaridade expressiva, o BERJ chegou a operar com mais de 50 agências, incluindo unidades espalhadas por toda a então Guanabara.
Sua relevância era tanta que, em 1969, passou a integrar o sistema CODERJ, grupo de empresas estatais financeiras do estado do Rio, que incluía o BANCODERJ e outras entidades ligadas a crédito e investimentos.
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Apesar de ter sido incorporado pelo BANERJ ainda na década de 1970, o BERJ resistiu como entidade legal e funcional até os anos 2000.
Compra do Bradesco
Foi só em 2011 que o Bradesco deu o golpe final e venceu o leilão de privatização com uma proposta de mais de R$ 1.7 bilhão, sendo R$ 1,025 bilhão pelo banco e R$ 748 milhões pelo direito de gerenciar as contas dos mais de 400 mil servidores do Estado.
O ágio foi de quase 100% sobre o valor mínimo, e o banco levou, de quebra, um crédito fiscal de R$ 3 bilhões.
A operação representou o desaparecimento oficial de um símbolo do Rio de Janeiro e mais um passo na consolidação do Bradesco como potência bancária nacional.
Com o negócio aprovado, o BERJ, que já era sombra do que foi um dia, deixou de existir de vez, encerrando um ciclo que atravessou gerações, governos e crises.
Considerações finais
- A compra do banco pelo Bradesco por cerca de R$ 1,7 bilhão marcou o fim de um dos maiores símbolos financeiros do Rio de Janeiro.
- Fundado em 1950, o banco foi essencial na gestão pública estadual e chegou a operar com mais de 50 agências.
- Mesmo após ser incorporado ao BANERJ nos anos 1970, o BERJ continuou com funções específicas até sua venda em 2011.
- Com a aquisição, o Bradesco assumiu o controle das contas de mais de 400 mil servidores e obteve um crédito fiscal de R$ 3 bilhões.
Afinal, quais os maiores bancos do Brasil?
Os maiores bancos do Brasil, em termos de ativos totais, são:
- Itaú Unibanco: R$ 2.696,5 bilhões
- Banco do Brasil: R$ 2.172,5 bilhões
- Bradesco: R$ 1.915,5 bilhões
- Caixa Econômica Federal: R$ 1.830,7 bilhões
- Santander Brasil: R$ 1.153,2 bilhões
Esses dados são do ranking “Valor 1000” de 2024, publicado pelo jornal Valor Econômico.
Em relação ao número de clientes, a Caixa lidera com cerca de 154,16 milhões de clientes. Seguida pelo Bradesco com 109,11 milhões, o Nubank com 100,77 milhões e o Itaú Unibanco com 97,71 milhões.
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