O banco Itaú vendeu sua operação ao banco rival por R$ 250 milhões após 44 anos de atuação
Depois de 44 anos de atuação no país vizinho, o Itaú Unibanco informou que vendeu a totalidade de sua operação na Argentina para o Banco Macro por R$ 250 milhões. Com ações na bolsa de Buenos Aires e de Nova Iorque, o Macro é um dos principais bancos privados argentinos. Em comunicado, o Itaú informa que manterá sua presença no país através de um escritório de representação. As ações do banco recuaram 1,1% na B3.
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A saída da Argentina ocorre às vésperas da eleição presidencial e em meio a um cenário de inflação galopante na Argentina com alta de preços de mais de 115% em 12 meses.
Além disso, o país vizinho enfrenta desaceleração do crescimento econômico, e a taxa real de juros está negativa, tornando mais difícil para os bancos obterem lucro no atual ambiente de negócios, que inclui a proibição de transferir dividendos para o exterior. O crédito ao setor privado é inferior a 15% do PIB.
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“Depois de mais de quarenta anos, continuaremos com presença na Argentina por meio de um escritório de representação local. Seguiremos atendendo os nossos clientes corporativos e de wealth e private bank. A partir das nossas unidades do banco no Brasil e nas demais unidades externas”. Esclareceu André Gailey, CEO regional do banco na Argentina, Paraguai e Uruguai.
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Em fato relevante, o banco informou que reconhecerá perdas não recorrentes próximas a R$ 1,2 bi quando a transação foi concluída.
Qual foi o motivo da venda?
De acordo com analistas da Ativa investimentos, a operação da Argentina era pouco significativa para os resultados do Itaú. Onde a carteira de crédito na região correspondia a menos de 5% da carteira voltada para a America Latina.
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“Entendemos que o movimento não é relevante para o valor do Itaú. Contudo, o valor recebido e o montante reconhecido para encerrar as operações nos surpreenderam negativamente, podendo impactar as ações do banco na sessão desta quinta”, escreveram os analistas da Ativa.