R$37M em dívidas e portas lacradas: Falência de supermercado rival do Assaí no Brasil e clientes devastados

Supermercado rival do Assaí encerra atividades no Brasil após R$37 milhões em dívidas e deixar clientes sem resposta e ter unidades lacradas

A queda de uma das redes que rivalizavam com o Assaí no varejo brasileiro chocou o mercado após sua falência.

Com dívidas que ultrapassam R$37 milhões, a empresa encerrou suas atividades de forma abrupta, deixando unidades com portas lacradas e milhares de consumidores perplexos diante da falência.

O TV Foco, a partir do seu time de especialistas e das informações do Click Petróleo e Gás, detalha agora a falência do Compre Mais.

Compre Mais

​A rede de supermercados Compre Mais, com sede em Várzea Grande (MT), teve sua falência decretada em 25 de maio de 2017, após não cumprir o plano de recuperação judicial aprovado em 2013.

Contudo, a decisão foi proferida pelo juiz Luis Otávio Pereira Marques, da Quarta Vara Cível de Várzea Grande, que considerou o inadimplemento das obrigações assumidas com os credores como fator determinante para a falência. ​

Recuperação

Porém, em junho de 2013, a juíza Anglizey Solivan de Oliveira havia deferido o pedido de recuperação judicial da empresa, que na época alegava dívidas na ordem de R$ 37,7 milhões.

Além disso, a Compre Mais atribuía suas dificuldades financeiras a uma crise iniciada em 2011, decorrente de concorrência desleal e investimentos em expansão financiados por recursos próprios e empréstimos bancários.

Durante o processo de recuperação, a empresa comprometeu-se a honrar os pagamentos acordados com os credores.

No entanto, o administrador judicial relatou que nenhum pagamento foi realizado às instituições financeiras, e que a empresa não cumpriu os acordos celebrados na assembleia geral de credores, permanecendo inadimplente no cumprimento do plano de recuperação judicial. ​

Unidades fechadas

A situação agravou-se com o encerramento das atividades de oito das nove unidades da rede na Baixada Cuiabana, sem comunicação prévia à Justiça.

Porém, esse fato foi interpretado pelo juiz como demonstração de inaptidão da empresa e falta de vontade em cumprir o plano de recuperação judicial. ​

Leilão

Após a decretação da falência, a Justiça determinou o leilão de bens do Grupo Compre Mais para pagamento de débitos com fornecedores.

Os bens, avaliados em R$ 581.610,50, estavam localizados nas dependências da antiga sede do supermercado na avenida Alzira Santana, em Várzea Grande. ​

Além das dívidas com fornecedores, a empresa também foi condenada a pagar indenizações a ex-funcionários.

Em decisão publicada no Diário da Justiça Eletrônico, a juíza Silvia Renata Anffe Souza reconheceu créditos trabalhistas e ordenou sua inclusão para pagamento no processo de recuperação judicial. ​

Resumo dos principais acontecimentos:

• Junho de 2013: Pedido de recuperação judicial aprovado, com dívidas de R$ 37,7 milhões.
• Dezembro de 2013: Plano de recuperação judicial homologado.
• Maio de 2017: Falência decretada por descumprimento do plano.
• Novembro de 2017: Leilão de bens para pagamento de dívidas.
• Reconhecimento de créditos trabalhistas e inclusão no processo de recuperação.​

Qual é a maior rede de supermercados do Brasil?

​A maior rede de supermercados do Brasil é o Grupo Carrefour. Em 2024, tiveram um faturamento de R$ 120,6 bilhões, mantendo a liderança pelo nono ano consecutivo.

Contudo, a empresa consolidou sua posição no mercado brasileiro, mesmo diante de desafios como o fechamento de algumas unidades. Porém, em seguida, destacam-se o Assaí Atacadista, com R$ 80,6 bilhões, e o Grupo Mateus, com R$ 36,4 bilhões em receita

CONCLUSÃO 

Por fim, o caso do Compre Mais evidencia os desafios enfrentados por empresas em recuperação judicial e a importância do cumprimento rigoroso dos planos acordados com os credores.

Porém, a falta de transparência e o não cumprimento das obrigações assumidas podem levar à falência e à perda de empregos, afetando não apenas os envolvidos diretamente, mas também a economia local

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