Rafael Miguel: vizinho relata momentos de pânico durante momento dos assassinatos

Coroas de flores na entrada do Cemitério onde ocorre o velório de Rafael Miguel e seus pais (Foto: Paulo Pacheco/ UOL)

Como já informamos, o ator Rafael Miguel foi assassinado com os pais nesse domingo (09) na porta da casa da namorada, pelo próprio sogro. O vizinho do assassino, José Marques, 69 anos, diz ter escutado os disparos no domingo e vivido momentos de horror.

O idoso mora na rua há 40 anos, a três casas do local do crime, e na tarde de domingo estava com a família no momento da tragédia. “Estávamos fazendo um churrasco quando ouvi um tiroteio. O pessoal pensou que era bombinha, mas eu falei: ‘Corre pra dentro’. Parecia arma automática, porque foram vários tiros seguidos. Tinha uma pessoa que gritava muito, acredito que fosse a namorada””, declarou o vizinho da namorada de Rafael Miguel ao UOL.

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José Marques é vizinho do assassino de Rafael Miguel e mora na rua onde ele foi morto (Foto: Felipe Pinheiro/ UOL)

O aposentado declarou que chegou a sair de casa para saber o que estava acontecendo. De acordo com ele, muitas pessoas, incluindo crianças, saíram correndo pela rua após os assassinatos. “Tinham crianças jogando bola, elas correram. Eu fui verificar o que tinha acontecido e vi três pessoas mortas”, comentou a testemunha do assassinato de Rafael Miguel.

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Marques diz que conhecida o homem suspeito das mortes de Rafael Miguel e dos pais, a quem cumprimentava com frequência. Ele também já esteve na casa de peças de Cupertino, que também fica próxima de onde ocorreu o crime. “Era uma pessoa normal para mim, bem reservada. Não sabia que ele era violento”, explicou.

Outro vizinho também conversou com o UOL e pediu para não ser identificado. Segundo ele, Cupertino “tinha fama de ser um cara violento”. Crianças que saíam de uma escola próxima ao endereço do crime notavam os rastros deixados pela tragédia. “Muito sangue”, falou um menino.

Uma mulher, que pediu para não ter seu nome revelado, falou que conheceu Rafael Miguel e que chegou a dar aula para ele de natação. Ela soube do homicídio por um grupo de amigos do Facebook. “Era uma criança super dócil. É triste, mas não por ser um conhecido, mas por faltar amor”.