Intervenção do Banco Central: Falência escandalosa de banco popular igual o Itaú chega após 43 anos no Brasil

A notícia avassaladora caiu como uma bomba aos milhares de clientes da instituição financeira popular como o Itaú após anos de atividade no Brasil

Indiscutivelmente, os bancos são grandes aliados da população de modo geral. E por falar nas instituições financeiras, é fato dizer que apenas no Brasil, existem inúmeras delas com milhões de clientes. Todavia, é válido dizer que esse número já foi muito maior, visto que algumas companhias, infelizmente, já fecharam as portas.

Aliás, na história financeira brasileira, um Banco tradicional igual o Itaú, fundado no ano de 1967, despontou como um dos aglomerados bancários de maior crescimento do país. Todavia, sua ascensão meteórica foi ofuscada por graves problemas financeiros que culminaram em uma intervenção do Banco Central no ano de 1974, desencadeando controvérsias que dão o que falar até os dias de hoje.

A Lei de Reforma Bancária do governo Castelo Branco, cravada para estimular fusões e aquisições no setor financeiro, foi o terreno fértil para a formação e crescimento do Banco Halles. De acordo com informações da enciclopédia colaborativa, o Wikpédia, seus sócios hábeis tomaram o controle de quatro outros bancos, que rapidamente foram fundidos, possibilitando ao Halles aumentar seu alcance e influência em um ritmo acelerado.

É importante destacar que o crescimento acelerado se deu em meio ao chamado Milagre Econômico Brasileiro, alimentando a ilusão de invencibilidade. Porém, como muitas vezes acontece em empresas tradicionais no mercado, a estrutura do banco popular como o Itaú começou a apresetar rachaduras.

Assim, uma crise de liquidez passou a se formar nos bastidores, minando sua estabilidade financeira, com a intervenção do Banco Central do Brasil, em 1974. O objetivo do BC foi evitar um colapso catastrófico no mercado bancário.

DESFECHO

Assim, o adeus do Halles foi um episódio marcante na história financeira do Brasil, ocorrido no ano de 1974, sob a liderança do governo de Ernesto Geisel. Vale dizer que a intervenção ocorreu de fato quando o governo interpretou uma carta dos acionistas como uma confissão de insolvência.

Assim, para evitar um pânico no mercado financeiro, o Banco Central fez uma operação confidencial para intervir no Halles. Mas, a operação vazou para empresários, quebrando a eficácia do sigilo. No dia (16) de abril de 1974, a intervenção ocorreu com base na recém-promulgada Lei Federal 6024/1974.

É importante frisar que, naquele momento, a empresa era vista como o oitavo maior conglomerado bancário do país, com mais de cem agências, duzentos mil correntistas, cinco mil funcionários e uma média de trinta mil acionistas.

Mas, apesar dos esforços do Banco Central, a intervenção no Halles causou uma queda de 3,5% nos pregões da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro em (17) de abril, ainda de acordo com a mesma fonte. Assim, o BC patrocinou a encampação do Halles pelo Banco do Estado da Guanabara (BEG).

É importante frisar que a estimativa é de que o Banco Central do Brasil tenha gasto uma média de Cr$ 8 bilhões (cerca de US$ 1,2 bilhão pelo câmbio da época) com a crise do Halles até junho de 1974. A crise e a subsequente intervenção lançaram luz sobre a fragilidade do sistema financeiro e as complexidades da regulação bancária no Brasil da época, ficando marcada na história.

Qual banco tem mais clientes no Brasil?

O Nubank passou a ser o quarto maior banco brasileiro em número de clientes, ao ultrapassar o Banco do Brasil no segundo trimestre de 2023. Vale lembrar que os dados são do Ranking de Reclamações do Banco Central (BC). Veja abaixo a lista completa dos 10 maiores:

• Caixa Econômica Federal: 150.374.233 clientes;
• Bradesco: 104.486.688 clientes;
• Itaú Unibanco: 99.936.353 clientes;
• Nubank: 77.665.209 clientes;
• Banco do Brasil: 74.579.521 clientes;
• Santander: 64.360.563 clientes;
• Original: 50.266.862 clientes;
• Mercado Crédito: 47.390.877 clientes;
• AME Digital: 32.678.718 clientes;
• Pagbank-Pagseguro: 29.451.137 clientes.