Ratinho e o SBT foram condenados a indenizar dois padres após divulgarem informações falsa a respeito da sexualidade de um deles
O apresentador do SBT Ratinho, e a própria emissora de Silvio Santos, terão que desembolsar uma quantia alta, de que meio milhão de reais, após uma decisão da Justiça que condenou o comunicador e o SBT por espalharem fake news contra dois padres.
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O caso aconteceu em 1999, quando o termo fake news sequer existia, no entanto, Ratinho repercutiu em seu programa no SBT uma notícia falsa envolvendo dois padres, que acionaram a Justiça contra o apresentador e a emissora de Silvio Santos.
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De acordo com informações do site Espaço Vital e do Conjur, a decisão foi do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que deu ganho de causa para os sacerdotes, que deverão ser indenizados em R$ 436 mil cada um.
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A fake news repercutida por Ratinho diz respeito a uma notícia falsa envolvendo um sacerdote de Astorga, no Paraná, que foi apontado como responsável pelo término do relacionamento de um casal heterossexual – o noivo abandonou a mulher um dia antes da cerimônia de matrimônio porque supostamente estaria envolvido com o padre.
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Uma equipe do SBT, representada pelo então repórter do canal Herbert de Souza afirmou que “este padre teria se apaixonado pelo noivo na hora do casamento, e teria mandado um recado para o noivo, pedindo que não se casasse, que era apaixonado por ele. São os comentários, ninguém está falando absolutamente nada, até porque nós estamos esperando a noiva e o noivo nos estúdios”.
Ratinho, por sua vez, declarou: “Estava acontecendo um casamento e, de repente, o noivo – ao invés de se interessar pela noiva – gostou do padre”.
Além de ter propagado a mentira sobre a vida do padre, que não teve a identidade revelada, a reportagem do SBT acabou veiculando a imagem de um outro sacerdote, que não tinha nada a ver com a história.
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“As intervenções de Ratinha foram um teatro, de absurdo grotesco e degradante, que somente pode ser avaliado em sua dimensão, assistindo aos programas veiculados que se encontram nas gravações anexadas aos autos”.
Um dos padres envolvidos na matéria veiculada pelo SBT já faleceu e está sendo representado por familiares.