A produção da série Plano Alto, de Marcílio Moraes, será acelerada pela Record. A emissora está correndo contra o tempo para exibir a série antes das eleições, a ficção irá ser sobre o universo político brasileiro, retratando “três gerações de contestadores”, inclusive os black blocs.
O objetivo da Record é causar uma associação entre a série e o momento político nacional, fazer algum barulho. Parece que o sonho da emissora é repetir o feito que a Globo conseguiu em 1992, ao exibir a minissérie Anos Rebeldes ao mesmo tempo em que os cara-pintadas iam às ruas pedir a renúncia do presidente Fernando Collor de Mello.
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“É um negócio quente, vai levantar polêmica. A Record precisa disso”, diz Moraes sobre os 15 episódios que acabou de escrever.
O autor ainda não revelou muitos detalhes sobre a obra. Segundo ele, a série terá “governadores, senadores, deputados”.
“Eu falo do universo político, sem partidarizar. Falo do poder”, diz.
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A ”neutralidade” partidária se explica: a Record pertence ao bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, que é ligada ao PRB (Partido Republicano Brasileiro), da base de sustentação do governo federal.
A novidade será a incorporação de personagens recentes da política que surgiu nas ruas em 2013. “Tem personagem black bloc, protestador”, avisa Moraes. Black blocs são movimentos de matriz anarquista que se dissipam após a conquista de suas reivindicações. Seus membros usam roupas pretas e máscaras. Nas recentes manifestações populares no Brasil, foram associados a atos de vandalismo.
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Para viabilizar Plano Alto, a Record está negociando parceria com produtoras independentes e uso de recursos de incentivos fiscais.
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