Fábrica n°1 do Brasil, a favorita das donas de casa, teve falência decretada, mas, ressurge em meio ao caos. A gigante retornou ao processo de recuperação
A fábrica n°1 do Brasil, a Teka, que teve recentemente sua falência decretada, vive uma grande reviravolta e consegue recorrer ao fim, retornando a sua reestruturação.
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Durante décadas, a Teka foi presença constante nas casas brasileiras, sinônimo de toalhas macias, panos de prato resistentes e tradição no enxoval.
Quando a empresa de Blumenau mergulhou em uma crise financeira que culminou no recente pedido de falência, muita gente lamentou.
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Mas agora, conforme apurado pelo TV FOCO, como uma fênix que renasce das cinzas, a Teka volta ao centro das atenções, com uma reviravolta judicial que reacende a esperança de um retorno triunfal.
Fábrica contorna a falência
De acordo com o portal ‘R7’, da Record, recentemente, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, decidiu por suspender a falência continuada da fábrica.
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A reviravolta começou com um recurso apresentado pelo fundo de investimento Alumni FP ao TJSC, que contestou a decisão anterior de falência, alegando que a Teka ainda possui viabilidade econômica.
De acordo com o porta-voz do fundo, Eduardo Scarpellini, os números apresentados pela administração judicial estavam inflacionados.
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Ele afirmou que a dívida real da Teka gira em torno de R$ 985 milhões, um valor muito abaixo dos R$ 4 bilhões mencionados anteriormente.
A Alumni, que representa cerca de 25% dos acionistas da empresa, pediu um novo levantamento contábil para verificar a real extensão do passivo da Teka.
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Com isso, o TJSC determinou a realização de uma auditoria independente para esclarecer se, de fato, há inviabilidade financeira ou se ainda há caminho para a recuperação.
Caso o laudo confirme a possibilidade de retomada, o processo de falência poderá acabar sendo definitivamente revertido.
Crise e queda
A história da crise da Teka começou antes de 2012, quando a empresa entrou em recuperação judicial. Na época, os prejuízos já passavam de R$ 1 bilhão, e o patrimônio líquido era negativo.
O plano original previa a emissão de debêntures para captar recursos, mas essa etapa não chegou a ser executada. De lá pra cá, a companhia enfrentou uma série de desafios, sendo eles:
- agravamento das dívidas;
- dificuldades administrativas; e
- desconfiança sobre a gestão judicial, o que acabou culminando no pedido de falência.
Possível reestruturação da Teka
A atual administradora judicial defendeu a falência com base no artigo 73 da Lei nº 11.101/2005, que prevê a conversão da recuperação em falência em caso de descumprimento do plano.
No entanto, a Alumni contesta essa decisão, apontando para melhorias recentes no desempenho da empresa e falhas nos números apresentados, que teriam sido baseados em documentos não auditados.
Agora, todos os olhos estão voltados para a auditoria independente, que tem a missão de fornecer um retrato fiel da situação econômica da Teka.
Se for comprovada a viabilidade, o plano de recuperação poderá ser reformulado, reabrindo as portas para uma nova era da tradicional fábrica têxtil.
Para muitas donas de casa, essa notícia já é motivo suficiente para comemorar. Afinal, a Teka é uma das maiores produtoras têxtil do Brasil, presente no lar de milhões, e representa qualidade.
Considerações finais
- A suspensão da falência da Teka marca um importante capítulo na história da tradicional fábrica têxtil brasileira.
- Após anos de crise e dívidas, a empresa agora tem a chance de reestruturar suas operações, graças ao recurso do fundo Alumni FP e à determinação do TJSC pela realização de uma auditoria independente.
- Caso acabe sendo comprovada sua viabilidade econômica, a Teka poderá reformular seu plano de recuperação e evitar a falência definitiva.
Qual a diferença entre falência e recuperação judicial?
Segundo informações do portal Vem Pra Dome, ambos os institutos visam a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento.
No caso da recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas.
A ideia por trás da recuperação judicial é manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa consiga pagar as suas dívidas. Na falência, ocorre o encerramento do negócio, que é considerado irrecuperável.
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