A Record de Brasília demitiu quatro apresentadores em plena pandemia e um clima tenso foi instaurado nos bastidores da emissora
O clima nos bastidores da Record de Brasília está cada vez pior. A situação, que já não era das melhores, se agravou ainda mais nesta semana, após o desligamento de dois importantes apresentadores da emissora — com eles, quatro rostos da casa já foram demitidos desde março.
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Na terça-feira, dia 14, Giulianno Cartaxo foi comunicado de sua demissão logo após comandar a edição regional do Balanço Geral Manhã, que estreou em dezembro do ano passado. Ele estava na emissora há mais de uma década e será substituído por Nikole Lima, contratada um dia antes.
Nos bastidores da Record, comenta-se que Cartaxo soube que havia perdido o comando do noticiário matinal tão logo a contratação de Nikole vazou na imprensa. Ele nega. Porém, não seria a primeira vez em que isso acontece: em 2016, Henrique Chaves soube no ar que seria substituído por Marcão do Povo na edição vespertina do Balanço Geral.
Menos de 48 horas depois, mais uma baixa. Desta vez, a vítima da guilhotina foi TJ Fernandes. Jornalista e humorista, ele estava na emissora há cinco anos e atuava como repórter do Balanço Geral, além de fazer parte do time de apresentadores do Record nas Cidades.
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Os dois nomes se unem a Luiz Carlos Braga, cortado no final de abril, e Lívia Braz, desligada em março, na lista de apresentadores demitidos da rede de Edir Macedo em apenas quatro meses. Ou seja: o canal está demitindo, em média, um rosto por mês.
CLIMA TENSO
Assim como as duas demissões mais recentes, as saídas de Luiz Carlos Braga e Lívia Braz também geraram espanto e burburinho nos bastidores da Record. Braga, que estava no canal há 12 anos, foi demitido sem maiores explicações para a chegada de Matheus Ribeiro, vindo da Globo de Goiás.
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Lívia Braz, que apresentava o DF Record ao lado de Braga, foi demitida em março acusada de participar de um grupo racista no WhatsApp. Ela negou ter envolvimento no caso e, internamente, ex-colegas de trabalho dizem que seu desligamento pode ter tido motivação política.
A reportagem do TV Foco apurou que o clima no Jornalismo da Record em Brasília está insustentável desde que Domingos Fraga assumiu a direção do setor, em março. Nos bastidores, comenta-se que Matheus Ribeiro e Nikole Lima foram contratados para receber menos que os seus antecessores.
Diante disso, uma série de profissionais com rendimentos acima da média passou a se ver “na linha de tiro”. Alguns repórteres, por sinal, já começaram a bater na porta de outras emissoras em busca de novas oportunidades.
A Record passa por uma reestruturação interna no jornalismo e isso justifica as demissões e as novas contratações.