Rodrigo Vianna surpreendeu e fez um longo desabafo sobre a passagem pela Record, que demitiu o jornalista após criticas a Bolsonaro
Quem acompanha a Record nos últimos anos certamente percebe inclinação da linha editorial jornalística do canal ao governo do atual presidente Jair Bolsonaro. Esse tipo de posicionamento é comum no canal paulista, que também tinha o apreço do PT em relação à Globo em governos passados, a ponto de, assim como fez atualmente, exibir a primeira entrevista com a ex-presidente Dilma quando ela foi eleita.
Para quem está “do outro lado”, ou seja, não apoia a política vigente no país endossada pelo canal, fica em situação complicada. É o caso do jornalista Rodrigo Vianna, cujo posicionamento político sempre pendeu para a esquerda, o que nunca foi negado nos blogs já assinados por ele na internet. Se um dia ele já foi “posição” na Record, de uma hora para a outra virou oposição quando o canal resolveu endossar Bolsonaro.
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Tanto que o profissional foi demitido e resolveu desabafar sobre o ocorrido no Twitter. “Fui demitido hoje da TV Record, onde trabalhei por 13 anos. Foi um período rico, especialmente entre 2007 e 2016: matérias especiais, 2 Olimpíadas, 2 Copas do Mundo, prêmios importantes (Vladimir Herzog e Embratel, entre outros) e coberturas emocionantes. Fiz amigos do peito e aprendi muito”, iniciou ele.
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“Com câmeras, editores, produtores, chefes e com colegas repórteres. Gosto de fazer TV, amo jornalismo, estou há quase 30 anos nesse ofício. Mas amo mais ainda a verdade. Na fase final na Record (2016/2020), aprendi a ter paciência e resiliência quando o ar ficou irrespirável”, disse ele, dando a entender que o clima ficou ruim para ele após a saída do PT do poder.
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Jornalista conseguiu conciliar
“Sempre compreendi os limites do trabalho na mídia corporativa, sem confundir meus interesses e opiniões com os do eventual patrão. Procurei também traçar um limite: não mentir, não brigar com os fatos, não embarcar em narrativas grotescas. Acreditem: há espaço para trabalhar de forma correta na mídia comercial, desde que se tenha consciência desses limites, e alguma capacidade de dizer ‘não’ quando necessário”, disse ainda o profissional.
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