A relação entre a Record e o banco Digimais envolveu Edir Macedo em uma polêmica devido ao lucro de R$ 5 bilhões da emissora em 2020
A Record está no alvo de uma polêmica financeira envolvendo seus lucros. De acordo com uma reportagem do Notícias da TV, a empresa faturou R$ 3 bilhões a mais que 2019 em 2020, em um momento em que literalmente todas as emissoras tiveram quedas na receita por causa da pandemia.
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A coluna de Guiherme Ravache deu conta de que o patrimônio líquido consolidado, que era de R$ 1,826 bilhão em 31 de dezembro de 2019, saltou para R$ 5,050 bilhões. O próprio Diário Oficial do Estado de São Paulo avaliou que houve um aumento milagroso de 176,6% no patrimônio do canal evangélico em um ano.
Tudo indica que o aumento de lucro está relacionado à compra de ações do antigo banco Renner, que atualmente é o banco Digimais. No ano passado, o bispo adquiriu uma parte ainda maior da empresa através do B.A. Empreendimentos e Participações Ltda, controlada pela Rádio e Televisão Record S.A., que é a razão social da Record.
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O problema é que diretores financeiros até mesmo da própria empresa de Edir Macedo ficaram confusos e não souberam explicar de onde veio tanto dinheiro nos últimos meses. Uma pesquisa descobriu uma operação semelhante a um empréstimo do banco para a Record, que representa um conglomerado de mídia.
SEM EXPLICAÇÕES
Nem a Record, nem o Banco Centro e nem a Digimais explicaram como o aumento do lucro aconteceu, já que não faria sentido o banco fazer um empréstimo de 75% de seu patrimônio para a emissora. Isso representaria um problema, já que o canal tem um patrimônio menor do que foi recebido.
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PRESTAÇÃO DE CONTAS
A emissora de Edir Macedo também tem o dever de prestar contas sobre os seus ganhos, já que tem “atuação jornalística e detentora de uma outorga pública”, ou seja, precisa esclarecer dúvidas envolvendo sua fortuna. O fato de um empresário ser dono de um canal e de um banco, entretanto, não tem problema.
Record e o Banco Digimais são de Edir Macedo (Foto: Reprodução)
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