A Record surpreendeu ao fazer apologia ao aborto em cena da novela Topíssima; prática é repudiada pelo presidente Jair Bolsonaro, aliado de Edir Macedo.
O presidente Jair Bolsonaro sempre teve posições bastante bem definidas quanto a temas que dizem respeito aos costumes na sociedade brasileira. E é justamente em um desses temas, que teoricamente deveriam ser os mais alinhados a Edir Macedo, dono da Record, que os dois divergem publicamente.
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Edir Macedo, que declarou apoio explícito ao atual presidente na eleição do ano passado, já surpreendeu seus fiéis da Igreja Universal a declarar apoio público à prática do aborto, indo de encontro com o que é defendido massivamente por outras denominações cristãs no Brasil. Bolsonaro, no entanto, vai no sentido oposto.
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Embora já tenha reconhecido em diversas entrevistas que fazer ou não o aborto é uma decisão que cabe exclusivamente à mulher, o aliado de Edir Macedo já declarou que vetaria uma eventual liberação feita pelo Congresso. “Mas se o Congresso derrubar o veto, aí eu não posso fazer nada […] Se depender do meu voto, a legalização do aborto não será dada nesse sentido”, disparou o presidente.
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Em entrevista concedida à TV Trambaú, afiliada do SBT em João Pessoa (PB), o presidente reforçou a ideia de que o corpo da mulher pertence a ela, mas afirmou que entende o feto como um outro ser humano que deve ser preservado. “Aquela vida que tem dentro do seu útero, depois que acontece a ligação, o ovo se fixa na parede do útero, não pertence mais a ela”, iniciou ele, que vem concedendo várias entrevistas à Record desde sua eleição.
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“Ela pode até morrer numa clínica clandestina, mas está matando alguém que gerou num momento de prazer. Isso tem que ser respeitado. Qual mulher, hoje em dia, não conhece ‘n’ formas de contraceptivos para não engravidar?”, completou o presidente Jair Bolsonaro em entrevista concedida no ano passado, contrariando o que foi defendido por Edir Macedo no passado.
Mesmo com o “veto” de Bolsonaro, ao que tudo indica, o bispo não mudou de ideia quando o assunto é aborto. Isso porque a Record promoveu na novela Topíssima um diálogo que foi entendido por muita gente como uma apologia ao aborto e à liberação da prática pelas autoridades políticas.
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Pressionada pelo ex-namorado, a personagem Jandira se submeteu a um aborto clandestino e acabou falecendo por causa de um erro no procedimento. Na conversa na novela, dois amigos lamentam a morte da jovem e um deles ainda comenta que o aborto não é liberado “por causa da religião”.