O jornalista Daniel Catro, do “Notícias da TV”, acabou dando um furo de reportagem e descobriu uma “artimanha” que a Rede Record está utilizando para captar verba pública para a produção da série dos Mamonas Assassinas: usar uma produtora “testa de ferro”.
Primeiro há de ser dito que a Record, por ser uma emissora de TV, não pode utilizar recursos públicos em suas produções. O projeto da série, que está sendo desenvolvida pelo autor Carlos Lombardi, é uma parceria da emissora de Edir Macedo com a produtora holandesa “Endemol”, a mesma do “Big Brother”, por exemplo.
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A Endemol, por ser uma empresa extrangeira, não pode, por lei, configurar como sócia majoritária de projeto audiovisual viabilizado por dinheiro de incentivo fiscal. A solução encontrada por ambas as produtoras (Record e Endemol), foi utilizar uma empresa captadora de recursos, como se a mesma fosse a produtora oficial do conteúdo, a “OSS”.
Documentos obtidos pelo jornalista revelam que a empresa é “recente”, e foi criada em novembro de 2010, pela argentina Juliana Algañaras, que é uma das principais executivas da Endemol na América Latina. Em 2012, ela transferiu suas contas da OSS para seu marido, Nibio Salatino. Aliás, o endereço descriminado legalmente da OSS é o mesmo em que o casal vive, no Butantã, zona oeste de São Paulo.
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A Fox também é parceira do projeto (a 4ª produtora envolvida), e já destinou 1 milhão de reais por meio de incentivo fiscal. Paulo Franco, atual superintendente artístico da Record foi o executivo responsável por trazer a série para a emissora de Edir Macedo. O valor total do orçamento da produção é de R$ 4,6 milhões, mas a Ancine (Agência Nacional do Cinema) ainda não liberou recursos, pois ainda apura os fatos sobre a tal produtora OSS, já tida como “testa de ferro”.
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